PLANO DE ESTUDOS DO ENSINO ARTISTICO: é um tecto despojado de paredes, as corporações a conseguirem um percurso por demais especializado num país sem ensino básico da música
RECURSOS no Orfeão de Leiria Conservatório de Artes:
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- Ao fim de 27 anos como presidente, e ao contrário do que é normal em Associações e Governos, temos corpos sociais amplamente representativos da comunidade e um leque de personalidades qualificadas brilhante, com idades jovens.
- Temos Direcções pedagógicas e técnicas de alta diferenciação num total de 150 colaboradores remunerados.
- Os orgãois sociais são eminentemente voluntários, não remunerados
- É seguramente o maior expoente do associativismo cultural e artístico em Portugal
OS ABSURDOS EM CADEIA:
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- Ao imporem-se as Escolas de Referência para o Ensino Artístico (ideia seguramente inspirada nas Escolas para deficientes), reduz-se a possibilidade de os alunos de zonas mais distantes terem junto de si uma Escola que se possa articular com a Escola Artística.
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- No Gabinete do senhor Secretário de Estado João Trocado da Mata diz-se que tudo isto – o emanado das Direcções Regionais – é absolutamente inverdade. Mais, afirma-se que são as Escolas do Ensino Artístico a definirem quais as Escolas de Referência. Absurdo não é?!
- Claro que é um absurdo, tenho mesmo a certeza que – conforme me alertou um ilustre membro do governo – a senhora Ministra da Educação, Isabel Alçada, nem deve estar ainda a par deste absurdo.
Depois de tantos anos a deixar-se crescer esta modalidade de ensino, mesmo quando o país disso não carecia, com que despudor se quer agora que estes estabelecimentos aceitem substituir uma turma lucrativa por uma do ensino artístico? Resposta oficial: quem nos dera que as Escolas privadas queiram constituir-se como turmas dedicadas ou Escolas de referência. Claro que querem! Sei muito bem que querem. Mas não desta forma impúdica.
PROJECTOS:
- Contribuir para que Leiria tenha a curto prazo o Ensino Superior da Música. Como segunda zona do país com o maior per capita de estudantes de música, músicos, filarmónicos, etc., porquê Leiria, de alta acessibilidade, não ter ainda esta área de ensino superior, de empregabilidade garantida, ao contrário de outras regiões de menor peso destas condições.
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- Tinhamos agendado com o anterior executivo autárquico um projecto de adaptação do topo sul do Estádio Municipal de Leiria para instalação da EDOL, que é um nicho de excelência pela qualidade, ganhador de prémios mundiais na dança.
- Todavia, a actual autarquia, com a qual temos igualmente excelentes relações, tem um projecto diferente para o Estádio. Fala-se em transformá-lo num Pavilhão Multiusos. Esperemos que seja uma boa solução para aquele disparate monumental e até agora inútil.
- Precisamos ampliar as nossas instalações, dado que estamos já à beira de ultrapassar o limite das condições legais de capacidade de utilização
- Estamos pois a projectar a Nova Academia de Dança, uma necessidade que vai ganhando contornos
- O Concerto Coros e Orquestra para o 64ª Aniversário será um marco para os nossos Corais
- A 28ª edição consecutiva do Festival Música em Leiria será mais um sucesso internacional
IDEIAS PARA O PRESENTE CONTEXTO:
- Nenhum momento de crise na história da Humanidade justificou ou desembocou na menorização da criação artística.
- Algumas grandes instituições nacionais com grandes investimentos e gestores milionários estão a inverter por completo, na prática, os conceitos de responsabilidade social. E não se vê grande preocupação com isto no país.
- A música é hoje um bom começo para empregabilidade segura
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- As AEC são uma prática pedagógica importante quando bem feita, como a que asseguramos, mas não podem ser o substituto para o acesso democrático ao Ensino da Música. Não sei em que país do mundo é que o senhor Dr. Walter Lemos, anterior secretário de Estado, se inspirou para construir uma legislação tão absurda para o Ensino Artístico, mesmo que possa dizer que a corporação de professores lho exigia. Espero que não tenha sido no Conservatório de Música de Lisboa.
Março 2010
FOTOS: Dra. Isabel Alçada, ministra da educação (será que está a par dos absurdos?); Trio de Guitarras do Orfeão, com André Ferreira, vencedor de prémios mundiais, ao centro, sob o olhar sabedor de Ricardo Araújo; colecção de instrumentos de cordas do Museu da Música, La Vilette, Paris; A Dra. Isabel Alçada, ministra da educação, e o marido, Dr. Rui Vilar, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian (Foto Caras, Larcher); uma classe de dança do Conservatório sénior do OLCA; Dr. João Trocado da Mata, secretário de Estado da educação, aquando do acto de posse do cargo; o seu antecessor Valter Lemos, cujo gabinete editou o presente «estado da arte» no ensino artístico; Mário Nogueira, sindicalista que se tornou famoso liderando os professores contra a reforma da Dra. Maria de Lurdes Rodrigues; Bernardo Sasseti e a esposa, a actriz Beatriz Batarda, com Henrique Pinto, numa das realizações do Orfeão de Leiria; maestro Jean-Sebastien Béreau dirigindo uma das orquestras do V Estágio Internacional de Orquestra de Leiria.