Fruto dum
esforço muito intenso da direcção em funções – e apesar das opções nalguns
sectores do governo se terem mostrado danosas para a nossa administração
financeira, sobretudo na educação –, é possível em todo este Setembro não haver
qualquer passivo, termos ordenados em dia e até metade, tanto do 13º como do
14º meses de 2012, já pagos adiantadamente. O que poucas empresas lograrão
fazer.
Este facto
merece o aplauso para todos os trabalhadores docentes e não docentes, para as
direcções pedagógicas, e para o sector privado da economia. Tendo o OLCA o
Estado por maior devedor, tornando irregular a data de pagamentos salariais, o
empenho elevadíssimo de todos – a que se junta a frequência acrescida das aulas
por parte dos alunos e a compreensão das famílias -, é possível retomarmos agora
a rota com um sorriso de alívio, de recompensa espiritual e de grande optimismo
quanto ao futuro. As mudanças de verão foram escaldantes.
Apesar da
panóplia de cortes na contratualização com o Estado – não se trata de subsídios
mas sim de contratos (contratos deviam ser para cumprir) – o Orfeão realizou
mais de 320 eventos em 2011-12 (eventos não se circunscrevem a um menino e
outro que tocam flauta 15 segundos!) e pôs de pé, reduzida é certo, a 30ª
edição de Música em Leiria (belíssima), o V Festival Internacional de Guitarra e
o IX Estágio Internacional de Orquestra, graças à compreensão, em particular,
do sector privado da economia, e de todos os nossos mecenas.
Com nova
direcção pedagógica na EMOL – professores Sónia Leitão e Joaquim Branco -, com
a criação dum secretariado de apoio à direcção liderado por Lucinda Ferreira e
integrando ainda Gracinda Moniz e Daniela Silva, estrutura que substitui a
antiga coordenação técnica e administrativa, uma nova composição administrativa
e apoio técnico (as novas avenças), suportadas numa reorganização das funções e
num novo Estatuto para o Coro do Orfeão de Leiria – uma e outra decisões fruto
de aprovação na Reunião de Direcção de 4/9/2012 –, e ainda um outro maestro a
dirigir o Coro de Câmara, Joaquim Branco, parte-se para mais uma fase da vida
institucional.
Na próxima
semana o maestro João Baptista Branco começará a audição a todos os coralistas
inscritos – renovação, admissão ou eventuais readmissões -, como é regra em
todos os corais e orquestras do mundo num escalão de qualidade mais elevado. Os
orfeonistas admitidos para integrarem o Coro na nova época, deverão contribuir
com uma comparticipação financeira para obviar a uma pequena parte dos custos
do Grupo (o que até agora foi conseguido com esforço a partir doutros sectores
da casa). Terão, em compensação, um desafio aliciante. É objectivo
institucional lograr no presente ano a participação num rol imenso de eventos,
mais criativos por ser superior a interacção com as restantes vertentes da
instituição, agora que, felizmente, a rede de teatros nacional vai ter de
contar sobremaneira com o que de bom existe no país (por não poder viver à
sombra do QREN).
Em reforço
deste esforço há uma nova Coordenadora a organizar actividades lúdicas inteiramente
novas no OLCA, destinadas a todos os cidadãos interessados, em qualquer idade, o
JAZZ assumirá contornos ainda mais amplos, e o Conservatório Sénior promoverá
com estrondo o seu segundo Seminário Científico.
Dia 12 de
Setembro pelas 21 horas haverá uma Assembleia Geral extraordinária do OLCA. O
objectivo, decorrente da legislação compulsória que entretanto foi saindo e da
decisão do próprio Conselho de Ministros, é adequar os Estatutos da INSTITUIÇÃO
a estas exigências, para que o OLCA continue a usufruir plenamente do Estatuto
de Utilidade Pública, sobremaneira importante, nomeadamente em termos de fiscalidade.
Mas, de facto, encolher o tamanho das
organizações, por força das circunstâncias, sem lhes minimizar os objectivos, é
mais difícil que fazê-las crescer.
5 de Setembro de 2012
Henrique
Pinto
O Presidente
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