Portugal tem a maior zona
económica exclusiva (ZEE) na Europa. Todos a cobiçam.
De pouco vale ao país
andarem por aí uns náufragos de ideias a carpirem a não aproximação ao mar – um
dos nossos ícones históricos – se pouco ou nada fizeram, se pouco ou nada fazem,
a defendê-la. A Espanha teve capacidade negocial para, ao tempo da PAC e duma
das carpideiras lusas, preservar a sua agricultura, as suas pescas. Aqui
compraram-nos tal opção. Resta saber que foi feito do custo da transação.
Agora acontece o desastre
no país das sardinhas. Reduziram-nos, sob a bandeira da preservação da espécie
(tese mal demonstrada) as quotas de apanha de tais peixinhos saborosos, este
ano para níveis miseráveis, no próximo ano, diz-se, para um escalão mortal para
as nossas pescas.
Compreende-se que os
restantes países queiram tomar conta da ZEE portuguesa. Não se compreende que
Portas e janelas assobiem para o ar, ou se divirtam no blá, blá, blá do supostamente
feito, e que as negociações em Bruxelas tenham esta natureza irrevogável, de
cortejo fúnebre.
Henrique Pinto
Leiria, Agosto 2015
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