António Sampaio da Nóvoa
António Sampaio da Nóvoa
merece ir à segunda volta das eleições com Marcelo Rebelo de Sousa (que tem o
caminho mais facilitado até lá). Depois, se tal suceder, e de fora, faremos tudo para termos o
senhor reitor como o mais alto dos magistrados deste país naufragado.
Marcelo Rebelo de Sousa
Estas presidenciais
perderam algum interesse. Em primeiro lugar pelas trapalhadas de quem quase fez
sobrepor datas, enfiando-as em prazos ridículos e infelizes. Depois porque há
muitos candidatos, e – preso por ter cão, preso por o não ter -, a comunicação
social acumular debates sobre debates, banalizando-os, retirando-lhes o sabor.
Paulo Morais com Henrique Pinto
Não conheço o Tino nem o
psicólogo nem Sampaio da Nóvoa nem a Marisa Matias (que pena, é lindíssima,
faz-nos sonhar e tem a voz de Greta Garbo!). Sou amigo de quase todos os
restantes.
Vários candidatos
corporizam candidaturas anedóticas mesmo se legítimas. São vaidades de quem
pode. Lembro-me dum, estudante universitário na crise de 1969, de quem se diz
ter tido a sua prática mais revolucionária quando zurrava aos ouvidos dos
cavalos da GNR. Pelo menos o resultado era óbvio.
Outros dão a cara tão só para
fidelizar o eleitorado dos seus partidos ou para dar luz a uma causa, como a
anticorrupção.
Pontes Leça, José Ribeiro Vieira, Álvaro Órfão, Henrique Neto e Henrique Pinto
Recordo amiúde a frase
lapidar de Abel Salazar «os médicos que só sabem medicina nem medicina sabem!».
Pode aplicar-se a tudo e nela encaixa na perfeição o atual presidente. Ouvir
anos a fio alguém que só fala de finanças, de economia, de direito, de
empresas, sei lá, é algo deprimente, enfastiante e inócuo.
Henrique Pinto e Maria de Belém
Do cimento das
civilizações, da alma, do querer coletivo, do consenso, da cultura em sentido
lato, de gerações críticas, da importância do saber, dos pobres que não têm
forçosamente de o ser e daqueles incapazes de se libertarem dessa condenação, do
diálogo, do constructo Europeu e do como dirimir os seus méritos e deméritos
(ou seja, das pessoas e os seus mundos), e por aí adiante, só Sampaio da Nóvoa
se interessa por evocar.
Carlos Carranca, José Lérias, Edmundo Pedro e Henrique Pinto
A meu ver este é mesmo o
perfil ideal dum presidente da República, na senda de Eanes, Soares e Sampaio. Tão
pouco é pessoa dada a cosméticas.
Durante 20 anos a partir
de 85 tive cargos em campanhas presidenciais. Por três vezes convidado apenas
numa aceitei ser mandatário. Foi exatamente com o meu colega e amigo Fernando
Nobre a candidato. A comunicação social era francamente hostil, não havia quaisquer
apoios partidários e com Manuel Alegre à ilharga, sem que o sistema de recolha
de fundos de Obama funcionasse em Portugal, com uma direção de campanha tendo o
pé maior que a perna, Fernando Nobre conseguiu mais de 600000 mil votos no país
e cem mil na minha área. Por isso não é tão difícil assim. Vamos lá Professor
Nóvoa!
Henrique Pinto
Leiria, Janeiro 2016
Henrique Pinto
Sem comentários:
Enviar um comentário