A procura sistemática da verdade mesmo se imperfeita e o
libelo sobre a imperfeição de causas expressas sem aspirar a derradeira
perfeição (e isto é tudo menos o que norteia os nossos destinos coletivos, bem
mais térreo), são caminho menos árduo que o percorrido por Van Gogh, com os
seus meios exíguos, na procura da melhor cor, o graal da cor.
De certo modo
Renoir, Degas, Gauguin e tantos outros até Nadir Afonso, Sousa Cardozo, Skapinakis ou Paula Rego fizeram o
mesmo mesmo se com menos intensidade.
Veneramo-lo hoje pelo exultante resultado da sua obsessão
artística, prodigiosa, sem deixarmos de tolerar a arrogância e a inverdade dos
que se creem ungidos para nos guiar, a banalidade.
Março 2014
Henrique Pinto
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