segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ELEIÇÕES NO PORTUGAL DOS PEQUENINOS


Afinal pagamos todos os dias para estarmos a par das asneiras fantasiadas pelo serviço público informativo e pela jactância de certos fazedores de opinião atirada aos olhos do receptor.
A campanha eleitoral do Dr. Fernando Nobre – livre e independente (só as democracias fechadas e iliteratas se limitam aos partidos) – longe de ser antisistémica (como continuam a chamar-lhe os que se enganaram até ontem), só por si já veio mostrar muitos caminhos.
Construiu-se uma legislação eleitoral para o país, datada pela pressa de Abril 74. Serviu, obviamente. Mas está hoje caduca e desajustada do contexto do mundo evoluído. Exceptuando a presidência da República (e para quê presidentes que se auto-limitam ou anunciam a catástrofe?), os portugueses votam para quê? Poucos sabem onde pára o deputado 15 dias depois de eleito? Com menos deputados podiam eleger-se duas Câmaras. Mais de dois séculos e meio depois de constitucionalmente instituídas nos EUA, o equilíbrio do Senado e da Câmara dos Representantes, com eleições desencontradas, e por partes dos seus membros, continua a ser o melhor exemplo, reproduzido em moldes diferentes por
praticamente a Europa inteira. As eleições por círculos uninominais tem também a enorme vantagem da relação eleito-eleitor não se poder perder, fomentando-se a responsabilidade. Exactamente o que o poder em Portugal não tem e que se reproduz em cadeia na justiça de lobbies, em ministérios monstruosos (Educação e Saúde), ou inúteis (Justiça e Defesa), no parlamento, na relação serviços públicos-cidadãos.
Tanto se fala na abstenção crescente! E quem se preocupa com as causas? Serão todos os políticos maus cidadãos?! Quem acha o seu voto um indutor de mudança? Mas, senhores, a nossa abstenção é igual à dos Estados Unidos. E, apesar do seu ensino enviesado, de promoção dos melhores e alheamento face a quantos vão ficando para trás, Portugal tem um nível de iliteracia de 65% (últimos dados da UNESCO), muito superior ao dos EUA. É verdade, os dados iliteracia e abstenção não são sobreponíveis por inteiro, mas não estão muito longe de o ser.
O sistema político português envelheceu e com a demagogia reinante nem se sabe onde chegará. Um movimento de milhares de cidadãos fora do seio partidário (este abrange cerca de 2% da população) – os partidos não têm o exclusivo da cidadania, extensível a todos pelo associativismo, de causas ou não -, deu corpo a uma candidatura cheia de ideias como nenhuma outra, E assistiu a que, perante a passividade da ERC, Entidade Reguladora da Comunicação Social, todos os órgãos de comunicação escrevessem ou falassem radicalizando em torno de apenas duas candidaturas. Poderão os órgãos de Serviço Público (RTP, RDP e Lusa) fazê-lo? Qual o critério científico a fundamentar tais
procedimentos? E se uma sondagem é anunciada hoje e feita amanhã, com resultados coincidentes, e com tais valores se apoucam os opositores, irremediavelmente prejudicados também do ponto de vista de angariação de fundos, a ERC nada tem a dizer? Então o aparelho informativo do Estado está a servir a quem?
Afinal a campanha do Dr. Fernando Nobre mostrou ser possível, sem o insulto habitual e olhos nos olhos, apontar caminhos diferentes aos portugueses, porventura interessantes porquanto recuperados por todos os seus oponentes.
Poderão, governo e oposições (sobretudo a do próprio Passos Coelho, menos apressada e mais consistente), contribuir para mudar algo do que aqui evoco uma vez mais, antes de novo acto eleitoral? Sem esquecer as autarquias onde os executivos não têm de ser parlamentos tipo Portugal dos Pequeninos. Mantenho a esperança.
Henrique Pinto
Janeiro 2011
Jornal Diário de Leiria
FOTOS: Professores Doutores José Manuel Amado da Silva e José Manuel Azeredo Lopes (Presidente da ERC), no Brasil; Fernando Nobre na Nazaré; Fernando Nobre com Henrique Pinto e Narciso Mota, presidente da Câmara Municipal de Pombal; Fernando Nobre velejando na Nazaré no iate do amigo e simpatizante Dr. António Correia; Cavaco Silva e Fernando Nobre na RTP; Fernando Nobre com a comunicação social em Leiria;  Fernando Nobre com estudantes do Instituto Politécnico de Leiria

domingo, 30 de janeiro de 2011

KATRINE MEYER EVOCA EM LISBOA ARISTIDES DE SOUSA MENDES

Katrine Meyer, secretária executiva do International Task Force on the Holocaust Education, foi uma das oradoras convidadas na Cerimónia de Evocação da memória do Holocusto, que teve lugar na Assembleia da República.
Partilho com os amigos desta causa o que ela afirmou a propósito e Aristides de Sousa Mendes:

Não transmitir uma experiência é traí-la

«Permitam-me começar com uma citação de Elie Wiesel: "Não transmitir uma experiência é traí-la." Relembrar o passado e os milhões de pessoas que pereceram no Holocausto é o mínimo que podemos fazer para honrar a sua experiência. A memória é o que devemos às vítimas, aos sobreviventes, aos libertadores e a nós próprios.
Entre 17 de Junho e 8 de Julho de 1940, Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal em Bordéus, emitiu vistos de entrada a 30.000 judeus e outros refugiados em fuga de uma França ocupada pelos nazis. Em menos de três semanas conseguiu salvar o equivalente a uma cidade inteira da destruição quase certa. Estudiosos da época afirmam que o seu trabalho foi fundamental para a abertura de uma via de fuga através de Portugal que foi utilizada durante a guerra. Não exagero ao dizer que milhões de pessoas que hoje estão vivas devem a sua existência, de forma directa ou indirecta, a este homem
corajoso que morreu indigente e em desgraça, punido pelo governo de Salazar por ter desobedecido à ordem directa de suspender a emissão de vistos a judeus refugiados. Contudo, Aristides de Sousa Mendes manteve a sua posição: "Não podia ter agido de maneira diferente, aceito, portanto, com satisfação tudo o que se abateu sobre mim", afirmou após a guerra.
Eis a definição de um verdadeiro herói: um homem que desobedece ao seu próprio governo e que paga um elevado preço pessoal para fazer o que está certo - salvar pessoas inocentes da morte e do sofrimento. Esta é também a definição de um verdadeiro diplomata: alguém que usou o seu cargo
influente para ajudar as pessoas a atravessar as fronteiras para a segurança no meio de uma guerra terrível. Foi, sem dúvida, um dos Justos entre as Nações e foi oficialmente reconhecido como tal em 1966 por Yad Vashem, o órgão responsável pela memória dos mártires e heróis do Holocausto em Israel. Em 1988, o Paramento português reabilitou Aristides de Sousa Mendes e atribuiu-lhe a Ordem da Liberdade. 
Todos vós conheceis, certamente, os pormenores fascinantes da grande história de heroísmo de Aristides de Sousa Mendes.
É, indubitavelmente, uma história encorajadora.»
Katrine Meyer
Janeiro 2011
FOTOS: Cônsul Aristídes de Sousa Mendes; família de Aristides de Sousa Mendes, 1936; Estátua de Aristídes de Sousa Mendes erguida em Bordéus, França; Museu da Herança Judaica em Israel, onde se perpetua a memória do cônsul português; família de Aristides de Sousa Mendes; Angelina e Aristides de Sousa Mendes; interior da Casa Passal, em cima e Casa Passal, em baixo (Cabanas de Viriato)

BRIDGING CONTINENTS TO EMBRACE HUMANITY


Despite the years, I can vividly recall my experience as an incoming district governor at the 1975 International Assembly in Boca Raton. It was the beginning of a new adventure in service for me, and I took seriously the advice offered by the various speakers. I also talked with my new friends about the incoming president's [RI] theme, and I hope you will do the same as you contemplate President-elect Kalyan's theme of Reach Within to Embrace Humanity. It is philosophical, and it deserves reflection and discussion.
Kalyan's theme is part of your new adventure in service, and I want to express my appreciation to Kalyan for giving me this opportunity to show the relationship between his theme and mine. In particular, he has asked me to tie one aspect of his theme, embracing humanity, to the second part of my theme, bridging continents, which is easy to do. We all know that Rotary is a premier organization, and we do many things well. But the area in which we clearly excel is international service, as we bridge continents in order to embrace humanity.

When a class of business students at Northwestern University recently used Rotary as a case study, they concluded that Rotary empowers people to become better friends, better professionals, and better citizens of the world. I like that statement because one of the objectives for this meeting is to expose you to the internationality of Rotary and thereby enable you to become better citizens of the world. In truth, I think it would be difficult to enjoy this wonderful week of meeting high-quality Rotarians from around the globe without becoming better citizens of the world. Indeed, it is the magic of Rotary!

So how do we proceed to embrace humanity with our new friends and our new commitment to bridge continents? The good news is that Rotary provides several options for our clubs and Rotarians to be involved in international service, and I want to review a few of them with you. After all, the quest for international understanding, goodwill, and peace is part of our Rotary DNA.
One of my favorite programs for bridging continents is Rotary Youth Exchange. I agree with Past [RI] President Carl-Wilhelm Stenhammar that if all the 17-year-olds in the world could spend a year with Rotarians in a country other than their own, there would be no more wars. Although we do not reach all the young people in the world, we do provide high-quality youth exchanges for more than 8,000 high school students every year, which is an amazing contribution to world understanding. Many of your districts have very strong Youth Exchange programs, and I salute all of the Rotarians involved in Youth Exchange. I often find that our Youth Exchange workers are some of the most committed Rotarians in all of Rotary.

One of my concerns about Rotary Youth Exchange is that it usually involves only the children of parents who can afford the travel expenses. Several districts are now providing scholarships for Rotary Youth Exchange students from developing countries whose parents cannot afford the travel costs, and I encourage your districts to consider such scholarships. Our Youth Exchange program will celebrate its finest hour when we make it possible for all highly qualified students to have an opportunity to participate and to promote peace in the world.
One of the chief benefits of the Rotary Youth Exchange program is the personal contacts and lasting friendships made by the students during their year abroad. It is a clear indication that the best way for all of us to be involved in bridging continents to embrace humanity is to take the time to travel. We have a network of 34,000 clubs awaiting the arrival of Rotarians who are truly interested in providing international service. For that reason, I hope you will encourage Rotarians in your districts to participate in National Immunization Days, often called NIDs, still to be conducted before the demise of polio. Such NID trips are not only helpful to support the eradication of polio but life-changing experiences for the Rotarians who participate. Such trips are good for all Rotarians, and if we help younger Rotarians to make the NID trips, we will gain their avid support of Rotary for many years to come.
The electronic age has made it much easier for Rotary clubs and districts to find international partners for Matching Grants and Rotary Foundation Global Grants, and Foundation programs are poised for expansion, which is exciting news. At the same time, we don't want to forget the value of personal friendships in our international service projects. I think that is a significant part of the message in Kalyan's theme because one of the definitions of the word embrace is to hug or cherish. We cannot hug or cherish humanity effectively without personal contact, and we have learned that the best Foundation projects usually are developed by districts that have established continuing partnerships. And the best partnerships are those forged through the personal visits of Rotarians back and forth between the partner districts.

It is the need for personal contacts to stimulate projects that caused me to develop the Rotary Project Safaris program, which encourages small teams of Rotarians to make international visits to spend a week in viewing Rotary projects that need funding, while visiting a few tourist sites at the same time. It is a program that I hope you will continue in your districts next year because the Rotary Project Safaris are designed for bridging continents to embrace humanity. The safaris are not an official program of Rotary, but they fit well with Kalyan's theme to Reach Within to Embrace Humanity.
I could go on and on with these remarks about embracing humanity through personal.visits. After all, I am a past district governor, and it is well known that most PDGs like to talk — often for longer periods than they should! Please keep that allegation in mind when you join our ranks at the end of your year as governors. Don't add to our bad reputation for talking too much!

Many speakers miss some good opportunities to quit talking and sit down, which is understandable, because the most difficult part of public speaking is learning how to end a speech and exit the stage effectively. Please think carefully about your closing sentences as you develop the speeches for your clubs. A strong ending for a speech is critical to its success!
So now that I have offered this unsolicited advice, are you wondering how I plan to end these remarks and exit the stage? That is simple for me, because "cowboy logic" says that we should talk less and say more. It is easy for me to talk less when the topic assigned to me by President-elect Kalyan is so straightforward and self-evident. Is there any doubt that Rotary is the best in the world at bridging continents? And must we not embrace humanity to achieve our goal of international understanding, goodwill, and peace? The two phrases go together like a hand and glove, and I want to endorse Kalyan's theme, which brings these two concepts together so powerfully.
We are lucky to be Rotarians, and the time has come for us to fulfill our core essence as stated by the Northwestern University students in their report about Rotary. In their words, Rotary is a worldwide network of inspired individuals who translate their passions into relevant social causes to change lives in communities!
Let me say it again: Rotary is a worldwide network of inspired individuals who translate their passions into relevant social causes to change lives in communities. It is a tremendous tribute by the students, and we should be justly proud of their conclusion. Now the question for you is the following: Will Rotary continue to live up to the students' expectations in your districts? Yes, your districts can do it, if you exercise the needed leadership. And as a group, we will do it even better than before, if we are willing to continue bridging continents to embrace humanity and thereby make the world a better place!
Ray Kingensmith
in San Diego 2011 International Assembly
Jannuary 2011
PHOTOS: Two Thai dancers from Bangkok (2011 San Diego International Assembly); I and the Governor couple Armindo Carolino and Gina, with some other friends, in front of the major Rotarian statue in Leiria, Portugal, which I promoted; The Polio Saga End was present in the San Diego International Talent Festival; Ray Klingensmith in the 2010 International Assembly; PE Kaliany Banergie and his wife Binota and the PP Ragendra Saboo and wife; My first International Assembly at Anaheim; My dear friend Carmen Sorjus and Binota Banergie; My second International Assembly; the current 1970 District Governor Armindo Carolino and Leiria club President Manuela Santos, Portugal, visits Leiria Mayor Raul Castro; Kaliany Banergie (San Diego 2011)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

GUILHERME COSTA DEVIA DEMITIR-SE DA RTP/RDP!


O serviço público em Portugal é uma fraude
Fernando Nobre foi silenciado desde o início. Sem dinheiro (só os partidos podem gastá-lo sabe Deus como) e sem estrutura, foi necessário construí-la. A iliteracia em Portugal ultrapassa o leque da abstenção e mergulha fundo no dos votantes. Há uma geração jovem generosa, militante e atenta. Mais tarde ou mais cedo o país vai ter de mudar o sistema eleitoral de forma a que dele emane um sentido de responsabilidade interpessoal mais digno. O serviço público informativo em Portugal é uma fraude. Os «opinion makers» existentes que não fazem declaração de interesses são uma aberração democrática. E estão por todo o lado.

Talvez só Fernando Nobre se possa considerar um vencedor!
Não há bom ou mau perder. Há a consciência plena que o dito ontem sobre as pessoas e o estado em que está o país é válido hoje e sê-lo-á amanhã também.
Foi grande a emoção de apoiar de perto Fernando Nobre, o homem político mais importante dos últimos trinta anos em Portugal. Livre e independente talvez só ele se possa considerar um vencedor. Quem sabe se não o será dentro de cinco anos, como me dizia a minha filhota em jeito de consolo!
Foi necessário construir por todo o país uma base organizada em torno do trabalho de milhares de voluntários, sem qualquer remuneração. Sem o dinheiro que os partidos puderam gastar à tripa forra (o Estado paga os défices, a Lei de financiamento dos partidos, aprovada tão recentemente, é um símbolo de corrupção!). Foi a quotização solidária dos voluntários que assegurou as despesas. Não houve «outdoors» em cada rotunda nem os 2,4 milhões de Euros gastos pelo candidato no poder, mesmo se com a máquina do Estado a trabalhar para si.


A «Tontice» de Pedro Marques Lopes
E as ideias de Fernando Nobre (só quem o acompanhou e procurou amplia-las as conhecerá melhor) foram apropriadas por todos os restantes candidatos.
Dizer-se que a democracia «são os partidos» e que Fernando Nobre era o homem «anti-sistema», como o fez Pedro Marques Lopes em O Eixo do Mal, na SIC da noite eleitoral, é «tontice» absoluta. Qualquer sociedade civil é tanto mais forte quanto maior for a sua organização informal, quanto maior for o associativismo de todos os matizes, incluindo o cívico e o eleitoral. A metodologia eleitoral estribada em exclusivo nos partidos, sem círculos uninominais, só com uma câmara parlamentar, enorme, inconsequente e esbanjadora, é hoje quase uma raridade portuguesa no mundo desenvolvido. Leia um pouco mais de sociologia política, meu caro, não o fará engordar mais!

Fernando Nobre dava aos jovens a confiança que o sistema lhes nega
Só haverá um mínimo de responsabilidade política no país quando os cidadãos eleitos (nomeadamente para as autarquias, só com executivos de maioria, e para o parlamento) forem inteiramente responsáveis perante quem os elege.
Não sei se tão cedo terei outra emoção assim!
Todavia, falar em desilusão pode ser verdade maior para os mais jovens, a sua leitura da realidade não lhes permite, para já, terem confiança alguma no sistema como ele está. Fernando Nobre dava-lhes isso, com segurança.
Conseguir o montante de votos logrado nas condições em que o foi é muito importante para Fernando Nobre. Talvez o venha a ser para o país também. Porque muito do que afirmou germinará no bom solo.
Fernando Nobre foi efectivamente silenciado
Não escamoteemos a verdade. Fernando Nobre foi efectivamente silenciado pelos aparelhos informativos do Estado e dos partidos.
Quanto aos primeiros, onde cabe o serviço público, é uma vergonha absoluta. Guilherme Costa devia demitir-se da RTP/RDP (imagine-se o cenário se lhe dão também a Lusa!), porque o trabalho das suas estações não pode ser igual ao das restantes, movidas à partida por propósitos diversos. Sonegaram informação sistematicamente. E repare-se, pouco me incomoda ele ter sido nomeado pelo governo, dói-me é a incompetência e inconsequência positiva no quotidiano. Não é necessário despedir jornalistas, que, no essencial nem são os culpados, sem nbo entanto serem as virgens que se julgam ser. A força do presidente da RTP/RDP é inferior à dos lobbies na comunicação social, seja o «gay» ou o da «passa»!

A escola jornalística «incidentalista»
Dizia-me um jornalista amigo em plena campanha, a informação em eleições é eminentemente «incidentalista». Ou seja, digo eu, é notícia o clássico «se o homem morde o cão» e só raramente se quem morde é este último. Um discurso de verdade, sem slogans, insultos ou mal dizer do governo, e as respectivas respostas cruzadas, é lixo para esta gente! Como pode um cidadão atento ou culto
sentir-se confortável neste mar de inutilidades informativas? O serviço público não pode sustentar-se em incidentes. Mas este jornalismo de «constructos» (desde o início se radicalizou em volta de Alegre e Cavaco, digam-me, com que critério ou pressuposto científico?), a ênfase posta em factos extremos, artificiais, no pitoresco, e na omissão dos que estão ao lado, é também o jornalismo aprendido de supostos mestres feitos à pressa antes de lerem um livro a sério, como José Alberto Carvalho. Nunca foi o de Mário Bettencout Resendes ou Augusto Mesquita. Até quando num canal se falou dos candidatos no Facebook referiram-se todos excepto Fernando Nobre, quando ele foi o líder incontestado nessa rede social. Que nome se dá a isto?



O que preocupa mais, abstenção ou iliteracia funcional?

O volume da abstenção não é o factor mais importante. Para incredulidade do deputado amigo Albert Coutinho, de New Jersey, EUA, que ontem acompanhou Fernando Nobre, tal volume de abstenção acontece também, particularmente, na América. Mas enfim, não há sábio que não releve o enorme problema da abstenção, como se fosse vento ou chuva em dia de praia.  
O que verdadeiramente nos entristece é o grau de iliteracia funcional do país que atinge ainda boa parte da massa efectivamente votante. A tal ponto poder dizer-se com rigor que o que passou nos jornais durante estes dias pouco ou nada interferiu na campanha. Para desgosto do emproado a julgar-se ungido de dons premonitórios, Ricardo Costa, que tão mal esteve no começo do seu novo ofício.
Silenciou Fernando Nobre.
Mas tanta coisa foi boa demais, amigos! As pessoas boas que eu conheci, as pessoas maravilhosas que, sem apagões, trabalharam comigo e com a Teresa Serrenho até ao fim, foi das melhores oportunidades duma vida. Este também foi o sonho duma vida. Mesmo para quem como eu, que sempre fiz política, que nunca esteve em partidos, que tem estado no mundo inteiro, este foi um período singular. Estou certo que viverá para além de muitos de nós. a emoção foi demasiado forte.

Henrique Pinto
Janeiro 2011
FOTOS: Guilherme Costa, presidente da RTP/RDP; Fernando Nobre; Pedro Marques Lopes; Jovens de «Toca a Rufar»; Comício de Coimbra, Henrique Pinto, Carlos Carranca, Fernando Nobre e Nelson Carvalho; Mário Bettencourt Resendes; Ricardo Costa; o deputado pelo Estado de New Jersey, USA, Albert Coutinho; Luís e Teresa Serrenho no Comício de Coimbra

domingo, 23 de janeiro de 2011

É HORA DE RECOMEÇAR PORTUGAL

Boa Noite Amigos,
A segunda volta é nossa. Domingo é o primeiro dia do futuro de todos nós.
Aceitei a gentileza para me dirigir a vós desta tribuna, nesta cidade que eu adoro, onde me tornei médico, porque as muitas pessoas que me conhecem em Coimbra, sabem que sempre me bati por causas justas e importantes para o país.

Um país doente e empobrecido, mais do que de políticos em fim de carreira, passadistas, precisa dum médico competente, di-lo o Nilton, Mandatário para a Juventude. Fernando Nobre, fundador e dirigente dos Médicos Sem Fronteiras, é professor de medicina.
Votar Fernando Nobre no domingo é, do meu ponto de vista, tão importante quanto o foi Abril de 74, que aqui vivi. É um Recomeçar Portugal.

É a candidatura de um homem livre e independente, democrata entre os melhores, diplomata, culto, com ideias para o país capazes de suscitarem o aperfeiçoamento dos mecanismos da vida em democracia.

Por esta candidatura me bato!

Trinta e seis anos depois das memórias felizes de Abril esses instrumentos envelheceram, faltou-lhes a renovação que se impunha. Hoje, são maioritariamente caducos, e nenhum partido os quer mudar. Porque assim se perpetua a ocupação do Estado por clientelas e favores. A situação aflitiva do país e a desesperança, a justiça injusta, são disso a prova.

Fernando Nobre já dirimiu questões políticas e sociais com mais primeiros-ministros e Chefes de Estado que todos os restantes concorrentes a Belém, exceptuando o presidente em exercício. Fê-lo no percurso de vida que marca o seu carácter, no exemplo. Fê-lo com garantido sucesso e respeito das comunidades no mundo.

O apoio que Fernando Nobre tem, abertamente transversal da esquerda à direita, de pobres a ricos, de jovens a idosos, de iletrados a intelectuais, mas sobretudo entre os que desesperam, entre os que já descrêem de tudo e de todos, o apoio que esta candidatura tem merecido dos jovens, é prova eloquente de que o futuro não se lhes afigura tranquilo com qualquer outra candidatura.

Amigos, a opção deste domingo é entre os candidatos já gastos e a mudança. E a mudança de que o país carece como de pão para a boca é simbolizada por Fernando Nobre.

Nesse caminho, Fernando Nobre ganhou todos os debates televisivos com os opositores. Fê-lo sem nunca recorrer a ataques pessoais ou ao insulto. Fê-lo sempre de olhos nos olhos, com respeito e autoridade, com um sorriso de serenidade, confiante.
Votar domingo no fautor desta candidatura, no colega e amigo Fernando Nobre, no político emergente mais importante dos últimos trinta anos em Portugal, é, amigos e Coimbra, dos momentos mais significativos da minha vida, talvez da de todos nós. Honra-me sobremaneira estar ao lado de quem se propõe, corajosamente, Recomeçar Portugal. E tudo será diferente!

Viva Fernando Nobre, Viva Portugal!

Discurso no Comício de Fernando Nobre em Coimbra, no Hotel D. Inês
Janeiro 2011
Henrique Pinto
FOTOS: Fernando Nobre; Helena Godinho e Henrique Pinto com jornalistas; debate televisivo Fernando Nobre/Cavaco Silva; Teresa (agora directora de Campanha no Distrito de Leiria) e Luís Serrenho, com amigos

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

FERNANDO NOBRE QUASE NA SEGUNDA VOLTA ELEITORAL


O Dr. Fernando Nobre tem hoje quase garantida a entrada na segunda volta eleitoral à presidência da República. O que é tanto mais relevante quanto foi silenciado pelos aparelhos, de Estado e partidários, em boa parte da comunicação social, impedindo que o país o conheça melhor. Nem a última sondagem foi publicada, porquanto reflectia a queda abrupta dos candidatos «vedetas», «promovidos a principais» nos dez meses antecedentes!
O Dr. Fernando Nobre ganhou os debates televisivos com todos os opositores. Fê-lo sem nunca recorrer a ataques pessoais ou ao insulto. Fê-lo sempre de olhos nos olhos, com respeito e autoridade, e um sorriso de serenidade confiante.
A minha bandeira como Mandatário Distrital desta candidatura presidencial é a do abandono das «experiências» que fizeram do país um trapo – e que ora estão aí em campanha - e a aposta em alguém jovem com provas dadas no mundo e créditos firmados no respeito pela cidadania, na solidariedade, como o é o Professor Fernando Nobre.
Aliás, o Dr. Fernando Nobre é o político emergente mais importante dos últimos trinta anos em Portugal. Mundo fora e cá dentro, sem anúncio prévio, já fez tudo o que os outros ora dizem querer fazer e nunca fizeram.
A sua candidatura é a de um homem livre e independente, diplomata, culto, com ideias para o país capazes de suscitarem o aperfeiçoamento dos mecanismos democráticos, hoje maioritariamente caducos e perniciosos, e que nenhum partido quer mudar. O estado real do país, a desesperança, é disso a prova. Mas fá-lo-á promovendo a equidade e sem menosprezo pelos partidos de menor expressão. 
Se um presidente da República em exercício faz campanha eleitoral a anunciar uma grave crise nacional, ou seja, a capitalizar o descontentamento em relação ao governo, e a configurar já a dissolução do parlamento, em que medida pode, conhecendo-se o seu percurso autoritário, ser um factor de estabilidade no futuro ou em período de crise mais aberta!?
Ser «político» não é estar mais de trinta anos no parlamento sem nunca ter apresentado um Requerimento sequer, andar a reboque das ideias voláteis e espúrias de Louçã, num marialvismo de pacotilha, banhando-se nas mordomias do Estado, ou estar igual período governando em maré de vacas gordas, perdulário - nunca entrou tanto dinheiro em Portugal sem que se saiba bem para quê! – e sem nunca ter previsto tão pouco uma chuvada na área em que se arroga especialista, a das finanças, alguém com mais seguranças que conselheiros (ajudantes, como se explicou há anos).
Isso é «politiqueira», coisa bem diferente do fazer política, de vivo participante na res pública.
O Dr. Fernando Nobre já dirimiu questões com mais primeiros-ministros e chefes de Estado que 4 em 6 dos restantes concorrentes a Belém. E fê-lo com garantido sucesso e respeito das comunidades no mundo.
Um país doente e empobrecido, mais do que dum político «engelhado» em fim do prazo de validade, ou dum «jovem turco» de filosofias políticas caducas e contra natura, precisa dum médico competente. Fernando Nobre, fundador e dirigente dos Médicos Sem Fronteiras, na Bélgica, mais do que um bom cirurgião é professor de medicina.
A demagogia e o populismo, quando o embrulho é bem feito, requerem habilidade. Sempre renderam dividendos eleitorais. Para Fernando Nobre só há uma ética. O respeito que esta lhe suscita impede-o de seguir por essa via, a que alguns chamam «experiência política», rebolando-se no «sopro» do 25 de Abril e nas suas memórias felizes (como se tal os ungisse), ou apregoando um passado de suposto fomentar de desenvolvimento e coesão nacional, inexistente nos últimos cinco anos.
O apoio que a candidatura de Fernando Nobre – abertamente transversal, da esquerda à direita, dos pobres aos ricos, dos jovens aos velhos, dos iletrados aos intelectuais, mas sobretudo entre os que desesperam – tem merecido dos jovens, é a prova mais eloquente de o futuro não se lhes afigurar tranquilo com o eventual sucesso de qualquer das restantes candidaturas. Os frequentadores das redes sociais sabem que assim é. O Facebook, onde está à frente dos opositores, tem sido uma ferramenta de esclarecimento extraordinária.
E os jovens partem deste país numa média de cem bons crânios em cada mês, para engrandecimento do património intelectual doutros países. Aliás, em termos mais globais, o país atravessou na última década uma perda migratória superior à dos anos sessenta. Quem poderá apaziguar tal desespero revendo-se nas «políticas do nada» próprias da trajectória dos restantes candidatos a Belém?
Fernando Nobre estará no distrito de Leiria na tarde do dia 19 de Janeiro, passando por Nazaré e Caldas da Rainha.
Por todas estas razões e por muitas mais, repetimos com plena consciência, em coerência, «Com Nobre a Presidente Portugal será diferente». Porque cada um é dono do seu voto e pode gerar essa diferença. Se alguém com lucidez deixa de votar num momento assim, de grandes dificuldades para o presente e o futuro da sua Pátria, do mundo, que participação cívica teria em momentos de bonança ou fartura?
Henrique Pinto

Mandatário Distrital por Leiria
da candidatura de Fernando Nobre
Janeiro 2011
FOTOS: Fernando Nobre em Conferência nas Caldas da Rainha; Fernando Nobre em Pombal, com o presidente e o vice-presidente da autarquia, respectivamente Narciso Mota e Diogo Mateus; Fernando Nobre no campus da Escola Superior de Tecnologia e Gestão em Leiria; Edmundo Pedro na Convenção da Cidadania; João Ermida e Maria José Miranda, membro da Comissão de Honra de Fernando Nobre; Fernando Nobre com os estudantes, no IPL em Leiria; Fernando Nobre e as jornalistas em Caldas da Rainha; Fernando Nobre com as pessoas simples da Nazaré a contarem-lhe das dificuldades; Fernando Nobre na Feira Medieval de Óbidos; Henrique Pinto, Mandatário Distrital por Leiria, com Jornalistas, na ESCSEL, em Leiria

A CONVENÇÃO DA CULTURA


É uma novidade absoluta em termos de organização cultural. É-o ainda mais no associativismo em Portugal. Está assim à porta a Convenção do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes.
FINALIDADE: Avaliação do processo e impacto institucional; assumpção plena pelo corpo de colaboradores da finalidade e objectivos institucionais; Conhecimento pleno das potencialidades artísticas e pedagógicas da instituição; estudo de alternativas de futuro e fixação de objectivos

DATA: Maio 2011 (dias 13 e 14)

DURAÇÃO: um dia e meio (sexta feira e sábado. de manhã)

LOCAL: Fora de Leiria para evitar a dispersão dos grupos em local a definir. Os convidados exteriores ao Orfeão deveriam ter transporte acertado para os momentos de abertura, intervenção que poderão fazer, e conclusões. No caso de ser inviável, terão que ser as instalações do OL-CA

RAZÕES: o alto nível de exigência, tanto dos resultados como dos agentes e fruidores das actividades do OL-CA, aconselham uma avaliação permanente dos modelos de gestão global da instituição e por consequência, dos vários sectores administrativos e artísticos que a compõem. Acresce o facto de uma condicionante à promoção e expansão do OL-CA, ser a difícil conjuntura económica que atravessamos. Acresce também a situação de co-existência de duas vertentes de actividades: a progressiva profissional e a associativa tradicional que, confluindo para o prestígio do OL-CA de forma harmoniosa, não deixam de merecer uma visão atenta de contínua melhoria nas interacções. As análises avaliativas feitas pelos próprios participantes nas diversas actividades da instituição, conforme a perspectiva a que são chamados, permitirão reajustamentos na ambição, como novas metas a traçar optimizando os recursos ao dispor.

OBJECTIVOS:

- contrariar o panorama de dificuldades, procurando novas oportunidades de sucesso
- criar novas condições de facilidade de comunicação interna, envolvendo mais todos os colaboradores, com um sentido acrescido de valores e crença no prestígio da instituição que se reflecte nos próprios
- encontrar novas formas de motivação de motivação para todos os colaboradores
- identificar formas de manutenção e optimização dos recursos materiais e financeiros
- identificar potenciais pontos de conflito e soluções de superação
- garantir condições de alto desempenho para os colaboradores do OL-CA, tanto na vertente de Escola/Conservatório, como na de produção artística profissionalizada, como ainda na associativa

PARTICIPAÇÃO: todos os, vulgarmente, chamados “stackeholders”: órgãos sociais; professores; alunos das diversas modalidades de formação; funcionários; coralistas dos diversos coros; outras organizações artísticas internas; associados; escolas com as quais existem protocolos e outras a convidar; representantes das autarquias com as quais o OL-CA se relaciona; patrocinadores habituais; representantes do ME/DREC; representantes do MC/DRCC

METODOLOGIA:

-Todos os grupos de participantes serão convidados a apresentar “papers” para debate
- Internamente, poderá haver trabalho prévio dentro de cada um dos sectores
- poderá ser sugerido um modelo de auto-avaliação segundo a CAF (common accessment framework), distribuindo a direcção os vários domínios de possível avaliação; um modelo mais simples serão sempre apresentações a partir das análises SWOT sectoriais; para além das conclusões gerais, a direcção poderá vir a delinear um mapa estratégico para médio prazo
- os participantes deverão, no entanto, ter presente que, não sendo único, se trata de um momento-chave para expor de debater livremente as suas ideias, transmitindo:
a) dificuldades
b) propostas de: organização, expectativas, mudanças, continuidades, valorização de referências, trabalho em equipa, obtenção de recursos financeiros, alto desempenho, reequacionamento da missão do OL-CA, estratégias, objectivos e metas
Tanto para os participantes internos como para os externos será de extrema pertinência abordarem qualquer destes temas.

COORDENAÇÃO: O Coordenador da Convenção é o Dr. Acácio de Sousa, vice-presidente do OLCA

Henrique Pinto
Janeiro 2011
FOTOS: 28º Festival Música em Leiria, Pedro Carneiro e a Orquestra de Câmara de Lisboa; Henrique Pinto e Sofia Rocha; Pedro Miguel e o Coro do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes; 2º Ciclo Guitarras no Outono; Acácio de Sousa oferecendo o troféu do Festival ao eng. Luís Costa da Fábrica CMP, Cimentos Maceira/Pataias, ante Fabio Biondi, Henrique Pinto e Miguel Sobral Cid; Fabio Biondi e a Orquestra Europa Galante