Sempre que
vejo jogar a equipa de futebol do Barcelona de Guardiola e sucedâneos, contra
os conjuntos do Real Madrid, do GETAFE, do Benfica ou de qualquer outro clube,
sinto uma profunda irritação. Os jogadores usam o logo do UNICEF nas camisolas?
Sim, muito bem, é de louvar. São, maioritariamente, muito bons em técnica e
táctica, com cláusulas de rescisão na ordem dos 200 milhões de Euros? É
verdade, o Barça tem uns génios da lâmpada fenomenais. Ganham quase tudo por
levarem o adversário à exaustão física e psíquica. Quando por acaso perdem a
bola fazem uma marcação em cima de cada jogador, violenta até! Ou simulam,
simulam… Então porque não gosto, perguntarão alguns? Em verdade, nalgumas
modalidades desportivas de impacto, aquele rendilhado no meio campo adversário
seria considerado anti-jogo. É um sucedâneo de rodriguinhos que, lá no fundo,
serve sobretudo para humilhar o contentor. É um jogo de humilhação que esquece
por completo os princípios do desporto porventura ainda existentes. Que prazer
se frui, por contraste, no futebol à Mourinho ou Ferguson?! Daí que as
invenções tauromáquicas de Guardiola e Vilanova, mesmo se de alta eficácia,
por desrespeitadoras da dignidade de quem pugna no mesmo ofício, autoritárias e
manhosas, são como se recriassem «os matadores» de touros para gáudio popular,
tal qual com os escravos nos coliseus da Roma antiga, exactamente onde são
proibidos, ou personificassem o franquismo na terra onde ele mais foi
contestado.
Leiria, 04 de Outubro de 2012
Henrique Pinto
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