«O Século do Bem Estar»,
livro que publiquei no ano 2000 com prefácio do Professor José Guilherme
Sampaio Faria, foi apresentado pela minha ministra e amiga, Dra. Maria de Belém
Roseira.
No essencial, o livrinho apoiado
e distribuído pelo ministério da saúde, incluía uma investigação sobre o bem
estar. Nos momentos do parto o século XXI auspiciava uma era de ilimitada
qualidade de vida, mesmo para boa parte da Humanidade sofredora.
A deriva do
liberalismo económico, tanto nos países herdados do comunismo como nos da
social democracia, constituirá um intermezzo
de duração imprevisível. Neste ínterim os investimentos no bem estar
público serão mais lentos.
Todavia, mandemos às
malvas os «putos» do ISCSP e licenciaturas primas com as frases imberbes do género
«viver acima das possibilidades». Em contraciclo as pessoas e as autoridades
que lhe estão mais próximas, cansadas da miséria intelectual, vão construindo
alternativas de vida melhor, mais sã, com exercício físico, divertimento, vida.
As corridas e caminhadas
multiplicam-se. Os percursos para passeio apeado ou de BTT ganham ascendente
sobre outros melhoramentos. O construído pelo POLIS à beira do rio Lis, em Leiria,
a começar no ISLA e prosseguindo até à freguesia da Barosa, é por demais
atraente. O rio, a Senhora da Encarnação, o novo «look» da
Igreja de São Francisco, o marachão, os
açudes, pontes e comportas, o Bar Restaurante Pé do Rio, o Castelo, namorados beijando-se
em frenesim, as torres de escalada, as rampas para skaters, espécie de go betweenes de Gonçalo Velho, os campos
verdes e arvoredos, o circo, formam um todo muito sugestivo, agradável.
Este
percurso, com mobiliário urbano de bom estilo, infelizmente maltratado pelo
narcisismo dos supostos artífices dos graffiti,
não é apenas mais uma estrutura para o bem estar, é um ingrediente de novos
estilos de vida.
Henrique Pinto
Abril 2015
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