E eis que se canta o Fado em São Martinho do Porto, no Abelhão. É um preito a Fernando Nobre. E muitos são os que cantam, tertúlia imensa, amadora dos que amam. Líder de carisma, notável directora de campanha, mulher de ideias e princípios, imparável, Teresa Serrenho também cantou, com a paixão de tudo o que faz. Num momento de incrédula desesperança, de entronização da mediocridade e dos
números sem pessoas dentro, de auto-satisfação pela incultura, evocar a coragem e o desassombro em Fernando Nobre é um tónico, refresca e adoça a convicção nos valores. Dele escreve Luís Pedro Nunes
no Expresso, «Ter salvo a vida a milhares de pessoas nos horrores nos quatro campos do apocalipse
não lhe dá imunidade na sarjeta da vida política portuguesa». É bem verdade. Mas nunca será um fatalismo. Do verbo far-se-á exemplo. Dos debates televisivos se espera a lição de cátedra.
E assim termina o meu ciclo semanal diverso e intenso, estimulante, um périplo de arrasar, a princípio, este bálsamo de Nobre fado e salvífico Rotary como a cereja no bolo. O Governador Armindo Carolino esteve na Figueira da Foz, o terceiro clube de serviço português. Miguel Nascimento Costa, presidente, amigo de antanho, foi como o governador um palestrante inspirado, motivador, de causas. De permeio,
lograr uma nova sede para Fernando Nobre em Leiria com a Teresa Mariano, ali mesmo no largo que olha o castelo com a ternura do patrono e do seu verbo, Rodrigues Lobo. E um momento de particular originalidade evola-se do esforço, do voluntarismo, da sociedade civil. O Orfeão de Leiria Conservatório de Artes corre pelo Estádio Municipal adentro, é assinado um Protocolo de cooperação com a administração da empresa gestora, a Leirisport, numa boa parelha com a amizade de Leonel
Pontes com a bênção da Câmara Municipal e do Governo Civil. As construções do espírito e a prática física unem-se neste oráculo moderno, sempre convertível, e dão-lhe a inspiração do novo Delfos, uma lufada de futuro.
E a semana recomeça com o agrado de longo curso de Gabriela Canavilhas, Cascais e o Mar, a evocação da morte de Sá Carneiro, o ensino superior e as disciplinas da saúde, o mecenato empresarial, o Armazém das Artes doutro amigo, o escultor José Aurélio, a Liga dos Amigos do Hospital de Santo André em Assembleia, a Reunião CIP em Zurique com a força do presidente Ray Klingensmith, a saudosa memória de meu pai no seu 91º aniversário de nascimento…
Henrique Pinto
Novembro 2010
FOTOS:Teresa Serrenho ontem em Itália, hoje com o Fado preito a Fernando Nobre; o mar de Cascais; Teresa Serrenho canta o fado no Abelhão, em São Martinho do Porto (foto de telemóvel, sem flash); Carlos Lopes, representando o Governador Civil de Leiria, Henrique Pinto, Leonel Pontes, presidente da Leirisport, e Engenheiro Martinho, representando o presidente da Câmara de Leiria, assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Orfeão de Leiria Conservatório de Artes e a Leirisport, entidade gestora do
Estádio Municipal (foto Telemóvel, Isabel Figueira); Henrique Pinto e o escultor José Aurélio, nova Exposição no Armazém das Artes; Manuela Santos, Armindo Carolino, governador de Rotary International e Miguel Nascimento Costa, jantar oficial na Figueira da Foz; a ministra da cultura Gabriela Canavilhas e as declarações frontais sobre a cultura e o futuro; as minhas luzes; com Ray Kingensmith em Zurique; o Orfeão de Leiria Conservatório de Artes tem agora 300 alunos no Estádio Municipal de Leiria, um outro tipo de centralidade cultural.
Sem comentários:
Enviar um comentário