terça-feira, 1 de outubro de 2013

DIANA, PARA ALÉM DO BEM E DO MAL

Há uns bons anos, respiravam-se ainda ares plúmbeos, o diretor dum jornal regional comentava com inaudita violência uma peça do Teatro Aberto na sua primeira experiência interativa. Restavam-lhe tão só umas migalhas de dignidade ao dizer tampouco ter visto a representação. Sem elementos seguros de leitura a apoiarem a substância do escrito aquilo tresandava a fanatismo extremista e ignorância, a moeda corrente. 
Hoje temos informação a rodos para podermos dizer «não vou ver isso mesmo se me pagarem para tal». É o caso da suposta  especulação gananciosa em forma de filme que dá pelo nome de Diana, onde, ao que parece apenas se salva a interpretação exigente de Naomi Watts. Nem mesmo a repetida citação do poema de Rumi «…para além do bem e do mal há um jardim…», para ele o jardim do Paraíso, Shamsuddin, pretensamente a reforçar a credibilidade duma ligação amorosa até hoje sem consistência suficiente, lhe dá algum peso.
Henrique Pinto
Outubro de 2013

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