Algumas pessoas que me conhecem menos bem poderão dizer «este gajo é
doido!». Porquê!? Das últimas eleições eu retiro o júbilo do sucesso folgado dos
meus amigos Rui Moreira, no Porto, António Costa, em Lisboa,
Guilherme Pinto, em
Matosinhos e Diogo Mateus em Pombal, entre muitos outros, obviamente. «Mas
afinal de que partido é ele!?», ou, «que confiança merece um sujeito assim, se
apoia gajos dum extremo a outro!?». Na verdade, o pensamento generalista moldado
pelos partidos é mesmo assim, estreito, fanático, não dá para muito mais.
Todavia, destas eleições é
legítimo retirarem-se conclusões muito importantes.
A agravar-se a esperada penúria, seguramente evitável há pelo menos dois anos, talvez
elas configurem mesmo o Deus ex machina para mudar alguma coisa para melhor e
aproximarmo-nos dum modelo político mais europeu. E como os últimos são muitas
vezes os primeiros, quem sabe possamos emergir da
desgraça para um grau mais
exigente de cidadania. Não esquecer a célebre consigna de Clinton, «As pessoas
em primeiro lugar». Pois é, a par das ideias para mim o que conta são as
pessoas.
Henrique Pinto
Outubro 2013
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