Talvez nunca desde Kubrick o espaço infindo tenha parecido
tão belo e os efeitos especiais tão bem empregues. Talvez poucas vezes no cinema
a solidão na imagem de um/dois atores durante todo um filme tenha enchido tanto
uma história. Talvez só raramente as vedetas morram a meio da narrativa porque
não há adrenalina que chegue para sustentar tão longa incerteza. É o que sucede
em Gravidade, um filme belíssimo com a lindíssima Sandra Bullock e o cabotino Georges
Clooney.
Mas o fim de semana foi também de tomadas de posse
autárquicas. Se se vence com grandes diferenças as salas são pequenas para
acolher tantos súbditos, as passadeiras vermelhas tingem-se de vaidades e
esperanças. Assim sucedeu com os meus amigos Raul de Castro em Leiria, e Paulo
Baptista na Batalha a quem desejo os maiores sucessos no serviço aos munícipes.
Lá longe em Veneza Joana Vasconcelos adoça-nos o ego com o
seu cacilheiro Trafaria e os três presidentes da República fora de Belém dizem
o que boa parte dos portugueses sente. Tivessem havido ondas em Peniche e este
meados de Outubro teria sido um puro must, como o malte.
Outubro 2013
Henrique Pinto
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