Chega sempre a nossa hora. O José Ribeiro Vieira partiu, como se esperava. Militar de Abril, deixou marcas indeléveis por onde passou, em tudo onde mexeu, em todos com quem conviveu. Mal de quem nada se diz, daqueles certinhos, incontroversos! O José não era desses. Interventor social a variadíssimos níveis, político sem lugares, empresário de sucesso, dirigente do associativismo empresarial, agricultor com pergaminhos, livreiro, director e editor de jornal, homem culto, amigo do seu amigo, marcou o seu tempo à sua maneira. Tive o privilégio de me ter convidado para dirigir (graciosamente como todos os meus empenhos sociais e culturais) o relançado Jornal de Leiria. Entrei para Rotary quando ele presidia ao clube de Leiria pela mão doutro nosso grande amigo, o saudoso José Neto. Em sua casa das Cortes privei com muitos dos seus amigos e ganhei outros tantos, do general Eanes ao Eng. Narciso Mota por exemplo. Os seus familiares são meus bons amigos. Juntos apoiámos a candidatura da Dra. Isabel Damasceno à Câmara de Leiria. Um dueto do OLCA, Neuza Bettencourt e Ilda Coelho, tocou no seu funeral. A instituição recordará sempre o seu papel de mecenas da cultura, interessado. Foi, seguramente, das personalidades mais em evidência na região, por boas razões, nas últimas décadas.
Henrique Pinto
Janeiro 2012
FOTOS: José Ribeiro Vieira e as filhas; José Ribeiro Vieira
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