Ao ver a devoção dos jovens de S. Petersburgo, todos na casa dos
vinte, na visita à Dasha de Estaline em Sochi, no Mar Negro, fez-se-me um click.
Aquilo era veneração. Só a Rússia tem genuína vocação imperial. Se Ivan (o
terrível) teve tanta dificuldade em unir o território dos Urais ao Pacífico, e
se os russos brancos só foram vencidos por esmagados nas lutas depois de 1917 –
e mesmo como tal as nacionalidades persistiram séculos e o anticomunismo por
décadas, no íntimo das pessoas – também a ambição de Estaline (como a de
Hitler) não foi direta para o lixo, perdura.
Uma Alemanha que elegeu Merkel e
concitou os países seus vizinhos para uma prática nacionalista e agiota,
dificilmente levará a Europa para qualquer contenção diplomática firme em
relação a Putin. Os rublos poderão superar os Euros e os Dólares chineses dos
americanos na bela Ucrânia. Esperemos que se chegue a bom caminho mas as
dúvidas cavalgam as certezas.
Henrique Pinto
Fevereiro 2014
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