terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A BELA UCRÂNIA

Ao ver a devoção dos jovens de S. Petersburgo, todos na casa dos vinte, na visita à Dasha de Estaline em Sochi, no Mar Negro, fez-se-me um click. Aquilo era veneração. Só a Rússia tem genuína vocação imperial. Se Ivan (o terrível) teve tanta dificuldade em unir o território dos Urais ao Pacífico, e se os russos brancos só foram vencidos por esmagados nas lutas depois de 1917 – e mesmo como tal as nacionalidades persistiram séculos e o anticomunismo por décadas, no íntimo das pessoas – também a ambição de Estaline (como a de Hitler) não foi direta para o lixo, perdura. 

Uma Alemanha que elegeu Merkel e concitou os países seus vizinhos para uma prática nacionalista e agiota, dificilmente levará a Europa para qualquer contenção diplomática firme em relação a Putin. Os rublos poderão superar os Euros e os Dólares chineses dos americanos na bela Ucrânia. Esperemos que se chegue a bom caminho mas as dúvidas cavalgam as certezas.
Henrique Pinto
Fevereiro 2014

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