As amizades de juventude duram para além da morte. Os gostos de adolescência raramente se esvaem. E não raro tudo se agiganta, se potencia, entra noutra dimensão.
O meu amigo Marques Valentim sempre gostou de fotografar. Quem veja a sua última Exposição, na Galeria da Junta de Freguesia do Estoril, e veja o Portugal contemporâneo de forma clara mas exaltante, registado em claros/escuros numa expressão artística de alta craveira, talvez consiga juntar dois conceitos tão diversos, história e arte, como só os maiores lograram.
Ouso dizer que, só o visto nesta Mostra, daria para criar uma exposição permanente sobre o Portugal democrático. Estão lá todos os momentos e personagens, a réplica de uns e o crescimento de outros, as medalhas e o seu reverso, grandezas e misérias, esperanças e frustrações. E tudo se faz a um tempo belo e comovente mas cru, sem lamechas, excelente.
Além do mais, o evento é a meias com a pintura de São Passos. Que mais desejar antes de ir ver?
Henrique Pinto
Julho 2010
FOTOS: Fotos de João Marques Valentim, primeiro a desta exposição, que chamou E Depois do Adeus, com a pintora São Passos, depois a do Álbum de outra das suas muitas exposições titulada O Dia que Abalou os Açores, o terrível 1 de Janeiro de 1980.
O MELHOR DO ‘ORFISMO’ ESTà DE VOLTA CHEIO DE CORES OPTIMISTAS E
QUESTÕES SEM RESPOSTA
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Numa antestreia de 1913 do Salão de Outono em Paris, onde o Orfismo era
apontado como a coisa quente na pintura, o New York Times escreveu: “As
pessoas ...
Há 3 horas
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