O
fascínio pela África ensombra-se quando vemos a situação das centenas de
meninas raptadas na Nigéria por rebeldes que leem as escrituras da Al-Qaeda ou
o presente genocídio no Sudão do Sul. Este é a continuação dos horrores de
Darfur. Vale pois a pena refletir sobre o texto abaixo de Jeremy Waiser. HP
Mulheres e crianças tiradas à força
das escolas e hospitais e mortas no acostamento de estradas, propagandas de
ódio nas rádios – seria
Ruanda há 20 anos? Não. Isso está acontecendo agora no Sudão do Sul, mas
podemos acabar com este horror.
A responsabilidade está nas mãos de dois homens: o presidente Salva Kiir e Riek Machar, que no passado foi seu vice-presidente. Envoltos em uma rancorosa disputa pelo poder, eles estão alimentando propositalmente a tensão entre grupos étnicos que viviam em paz há décadas. Ambos têm bens e família no exterior. Se conseguirmos pressioná-los onde mais sentem – seus bolsos – poderemos acabar com este pesadelo e impedir um genocídio.
A responsabilidade está nas mãos de dois homens: o presidente Salva Kiir e Riek Machar, que no passado foi seu vice-presidente. Envoltos em uma rancorosa disputa pelo poder, eles estão alimentando propositalmente a tensão entre grupos étnicos que viviam em paz há décadas. Ambos têm bens e família no exterior. Se conseguirmos pressioná-los onde mais sentem – seus bolsos – poderemos acabar com este pesadelo e impedir um genocídio.
As negociações de paz estão recomeçando
lentamente, e os EUA e França pediram ao Conselho de Segurança da ONU que
imponha sanções e envie suas forças de paz para proteger os civis. A Rússia
pode tentar sabotar essa estratégia, mas nem mesmo a China quer ver uma nação
rica em petróleo imersa no caos. Portanto dá para vencermos, mas apenas se
agirmos rápido. Vamos mostrar
aos líderes mundiais 1 milhão de vozes em prol das sanções e do envio de uma
forte missão internacional para proteger o povo do Sudão do Sul:
https://secure.avaaz.org/po/ceasfire_in_south_sudan_euro_gen_/?bGIrnfb&v=39568
https://secure.avaaz.org/po/ceasfire_in_south_sudan_euro_gen_/?bGIrnfb&v=39568
É entristecedor e, ao mesmo tempo, revoltante. Mais de 1 milhão de pessoas, dos 11
milhões de habitantes do Sudão do Sul, abandonaram suas casas. Dezenas de
milhares morreram e a fome assola o país. Ainda assim, durante meses as
delegações de ambos os lados têm-se hospedado em hotéis de luxo no país
vizinho, a Etiópia, e têm feito pouco esforço, e quase nenhum progresso, para
negociar um acordo de paz.
Podemos impedir essa insanidade. As sanções, incluindo o congelamento de bens e a proibição de viagens internacionais, afetarão Kiir e Machar, que ficarão impedidos de usar suas riquezas e visitar seus amigos e família fora do país. Mesmo se perdermos no Conselho de Segurança, sanções unilaterais impostas por vários países terão um efeito contundente.
Podemos impedir essa insanidade. As sanções, incluindo o congelamento de bens e a proibição de viagens internacionais, afetarão Kiir e Machar, que ficarão impedidos de usar suas riquezas e visitar seus amigos e família fora do país. Mesmo se perdermos no Conselho de Segurança, sanções unilaterais impostas por vários países terão um efeito contundente.
Reforçar a proteção da ONU, que abriu suas
próprias bases para receber 85 mil civis refugiados dos massacres, também é
fundamental. As forças de paz
contam com menos de 9 mil capacetes azuis, espalhados em uma área do tamanho da
França. Uma de suas bases já
foi atacada descaradamente, e o governo está ameaçando expulsá-los do país. Por isso, precisamos urgentemente
de uma missão da paz ainda maior e mais forte.
A comunidade internacional não conseguiu impedir a violência desencadeada na Síria há 3 anos, mas este conflito é recente e ainda pode ser contido. Não podemos fracassar com o Sudão do Sul.
A comunidade internacional não conseguiu impedir a violência desencadeada na Síria há 3 anos, mas este conflito é recente e ainda pode ser contido. Não podemos fracassar com o Sudão do Sul.
O Sudão do Sul é uma das nações mais jovens do
mundo e nasceu após décadas de resistência contra a brutalidade genocida do
regime totalitário sudanês. No entanto, assim como muitos de nossos países com
centenas de anos de história, há uma grande distância entre os governantes e o
povo. Essa distância é trágica, pois todos achavam que o presidente Salva Kiir
tinha intenções sinceras, mas pelo visto ele e Riek Machar se agarraram ao
ódio, ao medo e à sede pelo poder. Precisamos nos unir ao povo do Sudão do Sul
e ajudá-los a tomar de volta o controle sobre seus governantes para recuperar a
paz que há tanto tempo, e com tanto sofrimento, eles vêm tentado conseguir.
Com esperança,
Jeremy Waiser
Com esperança,
Jeremy Waiser
Maio
2014
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