quinta-feira, 29 de maio de 2014

DAR A MÃO E A BENÇÃO

Não é preciso grande esforço intelectual para reconhecer que, em todos os tempos, há pessoas, para o bem e para o mal, mais influentes que muitos movimentos de opinião. Aqueles que nos dizem uma coisa aqui e outras acolá enquadram esse exército da inveja, o mal mais amplo de qualquer sociedade. Estão infiltrados por todo o lado. Um mal que afinal existe. Ao longo dos anos aprendi a distinguir uns de outros. Mas, mor das vezes, continuo a ser incompetente nessa tarefa.
É grande a tendência para descontextualizar situações e depois compará-las. Trata-se de erro de apreciação crasso por demais. É também enorme a propensão para deslustrar as capacidades de outrem e julgar mesmo que se tudo vai bem é porque este outrem trabalha a nadar em dinheiro. Nem lhes passa pela cabeça que as dificuldades de ontem são iguais às de hoje. É por isso que me enojam as comparações de todos os governantes em relação a quem os antecedeu. É por isso que a mentira sistemática nestas circunstâncias, quando não a ameaça, se me afigura o fel que alguns desses protagonistas beberão amanhã. Se bem que muitos, num universo de absoluto masoquismo social, nem pensem que o amanhã virá. Por via de tais e doutros exemplares cresce neste rincão, como em nenhum outro – a não ser em extremos de ímpia governança -, o número dos que creem nos amanhãs que cantam. Que é diretamente proporcional ao rol dos desencantados de toda a natureza.

Estou sempre disposto a dar a mão e a bênção a todos quantos me pareçam fugir deste padrão e, seriamente, fazem brilhar o tempo em que vivem e o analisam sem recorrerem a enviesamentos, ou  na falta de informação e longe do diálogo. Horrorizam-me os tabus e aprecio a discrição proactiva. Creio sempre ter feito jus à tolerância e a tal discrição. Até no admitir humildemente que a minha opinião possa ser solitária no cerne da multidão e possa ser aconselhável meditar um pouco mais, voltar atrás. 
Não é preciso grande esforço intelectual para reconhecer que, em todos os tempos, há pessoas, para o bem e para o mal, mais influentes que muitos movimentos de opinião. Aqueles que nos dizem uma coisa aqui e outras acolá enquadram esse exército da inveja, o mal mais amplo de qualquer sociedade. Estão infiltrados por todo o lado. Um mal que afinal existe. Ao longo dos anos aprendi a distinguir uns de outros. Mas, mor das vezes, continuo a ser incompetente nessa tarefa.
É grande a tendência para descontextualizar situações e depois compará-las. Trata-se de erro de apreciação crasso por demais. É também enorme a propensão para deslustrar as capacidades de outrem e julgar mesmo que se tudo vai bem é porque este outrem trabalha a nadar em dinheiro. Nem lhes passa pela cabeça que as dificuldades de ontem são iguais às de hoje. É por isso que me enojam as comparações de todos os governantes em relação a quem os antecedeu. É por isso que a mentira sistemática nestas circunstâncias, quando não a ameaça, se me afigura o fel que alguns desses protagonistas beberão amanhã. Se bem que muitos, num universo de absoluto masoquismo social, nem pensem que o amanhã virá. Por via de tais e doutros exemplares cresce neste rincão, como em nenhum outro – a não ser em extremos de ímpia governança -, o número dos que creem nos amanhãs que cantam. Que é diretamente proporcional ao rol dos desencantados de toda a natureza.
Estou sempre disposto a dar a mão e a bênção a todos quantos me pareçam fugir deste padrão e, seriamente, fazem brilhar o tempo em que vivem e o analisam sem recorrerem a enviesamentos, ou  na falta de informação e longe do diálogo. Horrorizam-me os tabus e aprecio a discrição proactiva. Creio sempre ter feito jus à tolerância e a tal discrição. Até no admitir humildemente que a minha opinião possa ser solitária no cerne da multidão e possa ser aconselhável meditar um pouco mais, voltar atrás. 
Maio 2014
Henrique Pinto


Sem comentários:

Enviar um comentário