Uma récita em que todos os alunos se mostram perante a família e os amigos é algo de muito importante. Deixa satisfeitos uns e outros. É compensador.
Mas uma prova – direi até uma maratona, pois são muitos os possíveis – onde professor a professor põem a concurso os alunos que mais se esforçaram, os que melhor conseguiram, os dotados dum talento superior, o trabalho dum ano, portas abertas e júris de inegável qualificação, é seguramente de maior significado, tem outro valor. É estimulante.
O Concurso Jovens Talentos é uma tradição no ensino da música e da dança no Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA). É uma postura de motivação.
Nem todos os alunos serão amanhã instrumentistas ou cantores de se lhes tirar o chapéu. Mas muitos sê-lo-ão.
A arte dota todas pessoas duma sensibilidade estética e social diferente, dons cognitivos mais desenvolvidos, uma outra capacidade para olharem o mundo, as suas gentes e os componentes sociais, na plenitude de direitos e deveres. Este é um ganho incontornável, e tanto mais se pleno de estímulos positivos, de motivação.
Os prémios não são de vulto. Todos recebem cartões de livre acesso, com as famílias, aos concertos e recitais do Festival Música em Leiria. O mais premiado de todos, Prémio Rui Barral, tem direito a gravar para a RDP Antena 2.
Também o Festival Música em Leiria do OL CA tem um acordo com a RDP Antena 2 sobre o seu Concurso Jovens Talentos. Os concorrentes de eleição têm por prémio exibirem-se neste Festival, ombreando com os intérpretes portugueses e estrangeiros mais distintos. É uma parceria magnífica.
Dado que nenhum concerto é desgarrado e a coerência interna do Festival tem ela própria uma significância exclusiva, excelência e mérito individuais ganham outro peso num universo mais lato da qualidade. A mobilização interna de cada um supera-se. É a coerência e o valor do exemplo.
Qual é afinal o significado desta política educativa e cultural? No nosso país o exemplo e o mérito são, em regra, subvalorizados, qualquer que seja o ramo de actividade. E embora tenhamos também dos trabalhadores mais diligentes e artistas, pessoas de ciência e intelectuais de soberbo calibre, não raro têm de emigrar para não soçobrarem. É geralmente no estrangeiro que recebem a devida consagração.
Um país, uma instituição, uma empresa, têm de privilegiar o valor do exemplo e a excelência do trabalho e enaltecer e divulgar os que lograram um patamar considerável de qualidades e de esforço. Exemplo, excelência e mérito a qualquer nível num país são créditos tão seguros quanto a saturação financeira da Banca e das empresas.
São muitos os distinguidos no OL CA ao longo do tempo, desde Pedro Carneiro a Gabriela Canavilhas, actual ministra da cultura. O senhor ministro da Educação, então o Dr. Augusto Santos Silva, já presidiu à cerimónia dos premiados no OL CA.
No ano passado o Prémio Rui Barral foi para André Almeida Ferreira, na guitarra, e igualmente recebedor duma Menção Honrosa no piano. Já este ano ele ganhou os honrosos prémios Russel, em Espanha, com concorrentes do mundo.
Agora o prémio Rui Barral foi para Tomás Rosa no vibrafone.
A Escola do OLCA tem 4300 alunos e 150 professores. Estão todos de parabéns. Neuza Bettencourt e Mário Teixeira, directores pedagógicos, e todos os colaboradores, têm razões para se sentirem muito orgulhosos.
Henrique Pinto
Maio 2010
FOTOS: Neuza Betencourt, antiga aluna do OLCA, hoje directora pedagógica; Bárbara Bento, distinguida, aluna de flauta transversal do professor João Pedro Fonseca; Ivana Dimitrijvic, inglesa de ascendente sérvio, professora de violino; folheto de divulgação do Concurso Jovens Talentos; Sofia Rocha, subdirectora pedagógica a partir de Junho próximo; José Mesquita Lopes, professor de guitarra; Ana Maria Ferreira Lopes, distinguida, aluna de canto da professora Susana Teixeira; João Pedro Fonseca, professor de flauta transversal; Tomás Rosa, distinguido com Prémio Rui Barral, aluno de vibrafone do professor Manuel Campos; cartaz do Programa Câmara Clara do canal 2 da RTP.
BOM DIA, NAPOLEÃO! REALIDADE VIRTUAL PERMITE QUE AS PESSOAS CONVERSEM COM
O IMPERADOR FRANCÊS
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A 2 de dezembro de 1804, os grandes e bons de Paris reuniram-se na Catedral
de Notre-Dame para testemunhar a coroação de Napoleão Bonaparte e o
nascimen...
Há 3 horas
Só a Bárbara Bento para ser destinguida... :p
ResponderEliminarParabéns... ela merece !!
Bjs... :)