«Nunca se tinha escrito sobre a forma como o Estado Novo lidou com gays e lésbicas. Escreveu-se agora. É essa a originalidade do livro Homossexuais no Estado Novo, da jornalista do Público São José Almeida.
Mas há mais: pela primeira vez apresentam-se testemunhos que confirmam a homo ou a bissexualidade de diversas personalidades da vida pública portuguesa daquela época.
Artistas: Eugénio de Andrade; Jorge de Sena; Pedro Homem de Mello; Natália Correia; Maluda. E gente do regime: António Ferro; Leitão de Barros; Pedro Feytor Pinto, entre outros.
«Salazar sempre viveu rodeado de gays», afirma um dos entrevistados de São José Almeida, o escritor Fernando Dacosta. Uma metáfora para o que de facto se passou entre 1926 e 1974: o Estado Novo tolerou a homossexualidade porque a desprezava profundamente.
Em conversa com a Time Out, a autora diz que não teve por objectivo produzir uma «listagem acrítica e aleatória» de nomes.
(…) Há duas ideias fortes. Primeira, o Estado Novo foi mais tolerante com os homossexuais do que à partida se imaginaria. A PIDE, por exemplo, nunca usou a sexualidade como arma política contra os opositores do regime. Segunda ideia: as lésbicas tiveram uma invisibilidade social muito maior do que os homossexuais masculinos». (…)
In Time Out Lisboa
Maio 2010
FOTOS: A Trilogia de Salazar, no livro de São José Almeida «Homossexuais no Estado Novo»; Maluda, autoretrato da pintora; o poeta Eugéneo de Andrade; o político António Ferro; foto de grupo da entrega de Prémios ILGA 2009 com Isabel Moreira, constitucionalista, Ricardo Araújo Pereira, humorista, Miguel Vale de Almeida, antropologista, e a jornalista do Público, São José de Almeida, autora do livro em apreço.
BOM DIA, NAPOLEÃO! REALIDADE VIRTUAL PERMITE QUE AS PESSOAS CONVERSEM COM
O IMPERADOR FRANCÊS
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A 2 de dezembro de 1804, os grandes e bons de Paris reuniram-se na Catedral
de Notre-Dame para testemunhar a coroação de Napoleão Bonaparte e o
nascimen...
Há 3 horas
São José de Almeida, Dacosta, quem quer que seja, criaram uma notícia falsa, sensasionalista e sem fundamentos histórico-teóricos de base alguma.
ResponderEliminarNão tem culpa quem lê, mas têm culpa jornais e revistas de renome em Portugal que publicam qualquer rascunho para preencher vazios literários.
O problema principal desta notícia é incluir dentro de um mesmo saco todas estas personalidades.
Uns eram homossexuais assumidos, outros não eram sequer homossexuais.
Em princíupio a sua observação colhe a minha aceitação. As especulações com o intuito de generalizar uma ideia são-me sempre pouco de aceitar. A SIC fez uma série televisiva sobre as mulheres de Salazar tão ou mais especulativa que esta (com a belíssima exuberância de Soraya Chaves), mistificadora quanto baste.
ResponderEliminarEu ficcionei neste blogue uma história que sei ser verdadeira, o seu protagonista morreu há umas semanas, e no entanto, em 50 anos, nunca a vi referida em qualquer jornal. Chamei-lhe O Menino do Senhor Doutor.Como é possível alguém ter passado a vida tão discretamente,praticamente incógnito (vi-lhe medo e hostilidade defensiva quando o cumprimentei), seguramente na amargura que lhe observei nos olhos, consumido por todos os falsos calmantes? É o reverso desta medalha. HP
Diz-se muito dos que morreram mas, nem tudo é lícito,será mesmo assim? Ou querem divertir-se com + uma mentira? Outros roubaram prejudicaram milhares de vidas e sabe.se lá mais o quê e continuam muito apreciados e santinhos. Quem não os conhece que compre...
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