O compositor Jorge Costa Pinto fez agora uma valiosa dádiva de criatividade ao Opus Ensemble. A obra Bi-Tone Scherzo é especialmente dedicada ao agrupamento e a cada um dos seus integrantes: Pedro Ribeiro (oboé), Ana Bela Chaves (violeta), Olga Prats (piano) e Alejandro Erlich Oliva (contrabaixo).
Também a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) atribuiu ao Opus Ensemble o Prémio Pró-Autor/2010, em reconhecimento da persistente acção de divulgação da música de matriz autoral portuguesa, dentro e fora de fronteiras, em trinta anos de carreira.
A cerimónia de entrega de tal prémio fez-se em 21 de Maio, Dia do Autor Português, na sede da SPA.
Desde sempre com boa opinião na crítica especializada, o Opus Ensemble é o mais antigo e galardoado conjunto de câmara português.
Já actuou em múltiplas ocasiões em Leiria e particularmente em Música em Leiria (festival), que criei há 28 anos.
Fundado em Agosto de 1980 por Bruno Pizzamiglio (falecido em 1997), Ana Bela Chaves (que eu tantas vezes vi em Paris na bela sala da rua Faubourg de St. Honoré, com Daniel Baremboim), Olga Prats (há quase quarenta anos que a ouvi pela primeira vez na Academia de Amadores de Música, em Lisboa, com Fernando Lopes-Graça e Francine Benoit) e Alejandro Erlich-Oliva (meu amigo de sempre), o Opus Ensemble
obteve o Prémio da Crítica (1982 e 1984), o Sete de Ouro (1983), o Troféu Nova Gente (1983, 1986 e 1987), o Grande Prémio do Disco Rádio Renascença (1988), o Prémio Bordalo – Casa da Imprensa (1993), o Diploma de Mérito Nova Gente (1994), e encetou uma carreira internacional com actuações
em Portugal continental e arquipélagos de Madeira e Açores, França, Espanha, Bélgica, Inglaterra, Luxemburgo, Polónia, Cabo Verde, China, Japão, Coreia do Sul, Tailândia, Estados Unidos da América, Brasil, Argentina e Uruguai.
Dedicaram-lhe obras os compositores Fernando Lopes Graça, Joly Braga Santos, Fernando Corrêa de Oliveira, João Pedro Oliveira, Jorge Peixinho, Constança Capdeville, António Pinho Vargas, António Victorino d’Almeida e Laurent Filipe (Portugal), Ramón Barce e José Luis Turina (Espanha),
José Luis Castiñeira de Dios, Gerardo Gandini, Celina Kohan, Alejandro Erlich Oliva, Gustavo Beytelmann e Astor Piazzolla (Argentina), Egberto Gismonti (Brasil), Maurice Ohana e Edith Canat de Chizy (França), Guido Donati (Itália) e Vasco Martins (Cabo Verde).
Depois do passamento de Bruno Pizzamiglio os colegas do Opus Ensemble decidiram continuar a carreira em trio de violeta, contrabaixo e piano. Nesta nova configuração, o Opus Ensemble recebeu obras dedicadas por António Victorino d’Almeida, Laurent Filipe, Sérgio Azevedo, Clotilde Rosa e Eurico Carrapatoso (Portugal), Gerard Massias (França), Alejandro Erlich Oliva e Fernando Altube (Argentina).
Em Agosto de 2005, o Opus Ensemble foi distinguido pelo Ministério da Cultura com a Medalha de Mérito Cultural e reassumiu a sua formação instrumental de origem, com a incorporação permanente do oboísta português Pedro Ribeiro (presidi ao júri do seu ingresso na Orquestra Filarmonia Portuguesa, de que
sou fundador, e rejubilei quando o vi primeira figura da Orquestra Gulbenkian).
O Opus Ensemble inclui música de compositores portugueses em todos os seus concertos.
Parabéns.
Henrique Pinto
Maio 2010
FOTOS: Opus Ensemble; Egberto Gismonti; Jorge Costa Pinto; Jorge Peixinho; Astor Piazzolla; Daniel Baremboim; Fernando Lopes-Graça; Eurico Carrapatoso; Constança Capdeville; Opus Ensemble em ensaio.
BOM DIA, NAPOLEÃO! REALIDADE VIRTUAL PERMITE QUE AS PESSOAS CONVERSEM COM
O IMPERADOR FRANCÊS
-
A 2 de dezembro de 1804, os grandes e bons de Paris reuniram-se na Catedral
de Notre-Dame para testemunhar a coroação de Napoleão Bonaparte e o
nascimen...
Há 3 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário