Claro que toda a gente entende mal que a suposta entente de
gestores (líderes!?), até por ser exígua, circule pelas chancelarias, empresas,
política, maçonaria, Opus dei ou associações, satisfazendo os seus meros
interesses pessoais ou de grupo. Às vezes voltam onde já estiveram. Movem-nos o
prosperar da economia, a luta por ideais, o fervor religioso, os
empreendimentos comunitários? Obviamente que assim não é! Ás vezes o tempo que
aguentam em cada lugar é tão efémero, mesmo se o partido os empurrou para lá,
que pouco farão e menos aprendem. Todavia, sopra-lhes apenas o vento do ser,
raramente o do fazer.
Por isso correm todas as sinecuras que têm nome (mesmo se
a atividade dalgumas é fraca). Nunca se comprometem e menos ainda falam do que
é suposto saberem. Dão às de Vila Diogo quando lhes surge a primeira
dificuldade, o primeiro escolho. Por isso nem mulherengos são, mor das vezes
consomem a líbido
neste voltear de curtas ocupações. Às vezes chamam-lhes
cultos porque falam de cultura, fruto de algum tacho ocupado onde tinham acesso
aos jornais e tempo para os ler. Ou por via de correrem os restaurantes e as tascas.Como se os trabalhadores dum hospital fossem
todos médicos e os dos museus todos museologistas! Noutras ocasiões empolam a
estratégia (ou não fossem tão vastos os seus curricula na matéria), e, vezes
sem conta, mergulham na ética, tantas vezes a evocam que o termo se lhes não
cola. Há-os de todas as sensibilidades políticas. Mas mesmo a ilustrados de
algum respeito passam-lhes no crivo. O ciclo da vida recomeça amanhã um novo
caminho. É boa altura para se lobrigarem ao luar!
Henrique Pinto
Dezembro 2013
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