segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

BOA ALTURA PARA SE LOBRIGAREM AO LUAR!

Claro que toda a gente entende mal que a suposta entente de gestores (líderes!?), até por ser exígua, circule pelas chancelarias, empresas, política, maçonaria, Opus dei ou associações, satisfazendo os seus meros interesses pessoais ou de grupo. Às vezes voltam onde já estiveram. Movem-nos o prosperar da economia, a luta por ideais, o fervor religioso, os empreendimentos comunitários? Obviamente que assim não é! Ás vezes o tempo que aguentam em cada lugar é tão efémero, mesmo se o partido os empurrou para lá, que pouco farão e menos aprendem. Todavia, sopra-lhes apenas o vento do ser, raramente o do fazer. 
Por isso correm todas as sinecuras que têm nome (mesmo se a atividade dalgumas é fraca). Nunca se comprometem e menos ainda falam do que é suposto saberem. Dão às de Vila Diogo quando lhes surge a primeira dificuldade, o primeiro escolho. Por isso nem mulherengos são, mor das vezes consomem a líbido 
neste voltear de curtas ocupações. Às vezes chamam-lhes cultos porque falam de cultura, fruto de algum tacho ocupado onde tinham acesso aos jornais e tempo para os ler. Ou por via de correrem os restaurantes e as tascas.Como se os trabalhadores dum hospital fossem todos médicos e os dos museus todos museologistas! Noutras ocasiões empolam a estratégia (ou não fossem tão vastos os seus curricula na matéria), e, vezes sem conta, mergulham na ética, tantas vezes a evocam que o termo se lhes não cola. Há-os de todas as sensibilidades políticas. Mas mesmo a ilustrados de algum respeito passam-lhes no crivo. O ciclo da vida recomeça amanhã um novo caminho. É boa altura para se lobrigarem ao luar!  
Henrique Pinto
Dezembro 2013

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