A pesquisa epidemiológica
nos anos cinquenta começou a mostrar claramente que as doenças do sistema
vascular (o aparelho circulatório dos nossos estudos secundários),
particularmente a doença das coronárias e o enfarte, têm uma forte raiz nos estilos
de vida. À medida que evoluíram os fatores preditivos da doença cardíaca, os
fatores de risco, aconteceu o mesmo com a nossa compreensão de como nutrientes
específicos podem influenciar a sua manifestação.
Vejamos algumas dicas mais
específicas sobre o assunto.
O aumento da concentração no
plasma de colesterol LDL (o chamado mau colesterol), bem como o aumento da taxa
de triglicerídeos, o aumento da pressão do sangue, e níveis reduzidos de colesterol
HDL (o dito colesterol bom), são fatores institucionalizados como de risco para
as doenças cardiovasculares (DCV).
Tem vindo a demonstrar-se
que níveis aumentados dos fatores de coagulação e do sistema fibrinolítico, são
também fatores de risco independentes para as DCV.
A diabetes e a obesidade
estão associadas a um aumento do risco de DCV, devido em parte aos níveis
elevados de glicose no sangue e às anomalias das lipoproteínas que ocorrem quando
existe resistência à insulina (que deste modo não «queima» glicose).
Há um consenso
generalizado quanto ao facto de uma redução na ingestão de ácidos gordos
saturados ser fundamental na descida dos níveis de colesterol LDL e do risco
cardiovascular a eles associado. Substituindo os ácidos gordos saturados por
monoinsaturados ou polinsaturados Ómega 6, consegue-se um resultado semelhante
para o colesterol LDL.
Entre os diferentes tipos
de ácidos gordos, os ómega 3 têm o efeito mais relevante na baixa dos
triglicerídeos. A ingestão de ácidos gordos, mesmo que modesta, reduz
significativamente o risco de DCV.
Os hidratos de carbono
aumentam a concentração de triglicerídeos no plasma. Não obstante, a ingestão
de fibra na dieta alimentar contraria este efeito negativo.
Daí que, uma dieta
combinada que inclua o aumento de frutos e vegetais, a redução do sal, e a
redução drástica da ingestão de gordura saturada, tenha um efeito benéfico mais
poderoso na pressão sanguínea que a intervenção dum nutriente singular. HP
Sem comentários:
Enviar um comentário