segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A DIETA NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDÍACAS

A pesquisa epidemiológica nos anos cinquenta começou a mostrar claramente que as doenças do sistema vascular (o aparelho circulatório dos nossos estudos secundários), particularmente a doença das coronárias e o enfarte, têm uma forte raiz nos estilos de vida. À medida que evoluíram os fatores preditivos da doença cardíaca, os fatores de risco, aconteceu o mesmo com a nossa compreensão de como nutrientes específicos podem influenciar a sua manifestação.
Vejamos algumas dicas mais específicas sobre o assunto.
O aumento da concentração no plasma de colesterol LDL (o chamado mau colesterol), bem como o aumento da taxa de triglicerídeos, o aumento da pressão do sangue, e níveis reduzidos de colesterol HDL (o dito colesterol bom), são fatores institucionalizados como de risco para as doenças cardiovasculares (DCV).
Tem vindo a demonstrar-se que níveis aumentados dos fatores de coagulação e do sistema fibrinolítico, são também fatores de risco independentes para as DCV.
A diabetes e a obesidade estão associadas a um aumento do risco de DCV, devido em parte aos níveis elevados de glicose no sangue e às anomalias das lipoproteínas que ocorrem quando existe resistência à insulina (que deste modo não «queima» glicose).
Há um consenso generalizado quanto ao facto de uma redução na ingestão de ácidos gordos saturados ser fundamental na descida dos níveis de colesterol LDL e do risco cardiovascular a eles associado. Substituindo os ácidos gordos saturados por monoinsaturados ou polinsaturados Ómega 6, consegue-se um resultado semelhante para o colesterol LDL.
Entre os diferentes tipos de ácidos gordos, os ómega 3 têm o efeito mais relevante na baixa dos triglicerídeos. A ingestão de ácidos gordos, mesmo que modesta, reduz significativamente o risco de DCV.
Os hidratos de carbono aumentam a concentração de triglicerídeos no plasma. Não obstante, a ingestão de fibra na dieta alimentar contraria este efeito negativo.

Daí que, uma dieta combinada que inclua o aumento de frutos e vegetais, a redução do sal, e a redução drástica da ingestão de gordura saturada, tenha um efeito benéfico mais poderoso na pressão sanguínea que a intervenção dum nutriente singular. HP  
  

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