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Os media têm-nos mostrado estatísticas e testemunhos individuais de médicos e enfermeiros a oporem-se à vacina contra a Gripe A.
Já abordei o assunto detalhadamente em vários artigos, meus ou de outros, inseridos neste mesmo blogue. Não me adiantarei mais sobre isso, excepto num ponto – o da responsabilidade individual e social.
Qualquer pessoa pode, numa perspectiva eminentemente pessoal, assumir para uso próprio e no que a si mesmo respeita, as posturas que melhor entenda e creia que sabe dirimir.
Mas nenhum profissional de saúde pode em momento algum, mas sobretudo nos de franca perigosidade pública, utilizar os media para contrariar a política de saúde oficial - para um caso de emergência -, e particularmente quando esta política decorre das normas nacionais e internacionais para segurança dos cidadãos.
Ao desmobilizar pessoas que têm a sua confiança mas não possuem a formação que é suposto o profissional ter, contrariam-se os juramentos éticos e deontológicos. Até aqui é apenas uma questão de honra. No entanto, trata-se de posturas passíveis de procedimento criminal e/ou disciplinar no caso de haver maus desfechos evitáveis, eventualmente atribuíveis a uma sugestão profissional sem fundamento.
Tanto mais que não existem quaisquer consequências deletérias para a saúde atribuídas à vacina contra o H1N1 para além das que estão cientificamente descritas há muito tempo.
Henrique Pinto
Novembro 2009
FOTO: a extraordinária actriz Eva Mendes, expoente de persuasão dramática; página da Revista A Visão, um excelente documento (cortesia do Dr. José Luís Brandão)
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