Ao aperceber-me do entendimento como contraditórias, feito sobre declarações proferidas por certas personalidades, por banda de comentadores e leitores, logo a encontrarem explicações tão singelas quanto as palavras em apreço, lembro-me da
tranquilidade majestosa do Pico, na ilha da montanha, tantas gerações já o viram assim.
Tantos ilustres já tiveram «saídas» de tal jaez, por igual inócuas!O autarca independente, respeitado, condecora o primeiro ministro, mostra ressentimento pela exclusão dos amigos proponentes da sua candidatura à Câmara e admite votar livremente. Quem não se sente… É incongruente ou será incómodo a algum nível? Se o antigo reformador comunista, ministro socialista dos anos noventa, entende que o programa da oposição «separa melhor as águas», porquê atribuir-lhe a intenção de alisar o caminho para o bloco central (se tal fosse assim, para mais nesta altura, que disparate!), e não admitir as declarações emitidas, tão simples, exactamente como o seu genuíno pensamento? O aforismo popular diz «
só os burros não mudam». Se a senhora de quem se disse «
até o Rato Mickey lhe ganha» muda de partido, mantendo a ideia já expressa, lógica em autárquicas, de apoiar nesse domínio uma pessoa doutra formação, sua amiga, pode ser confuso, mas é legítimo e coerente, imoral não é certamente.
As interpretações mais correntes são igualmente legítimas mas perfilam-se a meus olhos como menos lisonjeiras para carácter e intelecto dos citados.
HpintoAgosto 09
FOTO: Maria José Nogueira Pinto
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