Eu e o Frederico Nascimento demos o toque para a corrida. Ajudei outros companheiros a ganharem a Convenção de 2013. O facto de Portugal a ter ganho deve fazer-nos pensar que o nosso rotarismo e o seu papel internacional têm forçosamente de mudar para melhor. Há que quebrar com a visibilidade apenas a espaços (visibilidade como sinal de trabalho intenso e ajustado à missão) e trabalhar pela continuidade e cooperação, em crescendo.
Em primeiro lugar, os governadores têm de apostar na formação de quadros, que não só os presidentes de clube, adaptando os modelos de Anaheim/San Diego, como um investimento de curto e longo prazos. A insistência nos actuais modelos, que têm ainda por cima vindo a encurtar em duração, ou em seminários avulsos e abertos a toda (?) a gente, não nos leva só por si a lugar nenhum. Para toda a gente temos os clubes, o seminário da Rotary Foundation e a conferência distrital, no mínimo.
Depois, é notório o afastamento que existe entre a missão de rotary e a prática do nosso rotarismo. Este desfasamento é visível não só no baixo índice de companheirismo, como na ignorância, no princípio da internacionalidade, na fraca diversidade dos sócios, nos projectos de serviço que não existem, na acentuada fulanização, na falta de visão dinâmica como a que decorre do impasse do terceiro distrito, a localização de influências, na descontinuidade, na política de quadro social, etc.
É óbvia a necessidade de recentrar a praxis do rotary português em torno do plano estratégico, das ênfases/objectivos, do internacionalismo da nossa estrutura de solidariedade e de relacionamento externo.
Há que ver porque razão a nossa estrutura de plano de liderança distrital não é inteiramente assumida e conseguida. Situando-se parte substantiva das insuficiências de rotary entre nós na liderança e gestão débeis nos clubes (em geral, obviamente, e não em particular), começa a não ter justificação o atraso na implementação do plano de liderança de clube, que tão bons resultados tem logrado mundo fora.
O facto de termos ganho a Convenção de 2013 deve contribuir para o reforço da ideia de rotary international em Portugal e a consequente complementaridade dos dois distritos (o que não inviabiliza qualquer competitividade saudável).
HpintoSetembro 09
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