Em todos estes lugares e situações o Padre Vitor era sempre o mesmo; hoje, que o encontro menos vezes, mas já o vi como Pároco do Campo Grande, sei que continua a ser o mesmo. Mas o mesmo como?
É pretensão e estultice da minha parte ir caracterizar o Padre Vítor com quem muito aprendi e aprendo. Mas vou atrever-me a fazê-lo.
Em primeiro lugar é uma inteligência rápida e brilhante, mas não esmaga os outros, pelo contrário ouve-os com atenção, respeito e simpatia mesmo quando sabe que estão errados.
Depois é um erudito dos textos bíblicos, com uma memória prodigiosa que lhe permite citar os Sinópticos e outros textos, nomeadamente do Antigo Testamento, com uma precisão e um rigor admiráveis.
É, ainda, um bioeticista de grande fôlego, tanto no ensino superior desta matéria como na utilização pragmática em Comissões de Ética, Colóquios e Seminários. A sua palavra é sempre aguardada com grande expectativa porque, sendo rigorosa, tem sempre um toque de originalidade e de referência a situações concretas mesmo difíceis de discernir.
É um especialista de moral católica, em campos tão minados como a infecção pelo VIH/SIDA e a sexualidade dos e das adolescentes. Bom conhecedor do ensinamento formal das estruturas centrais de governo da igreja católica, a sua palavra nunca é arrogante mas é, toda ela, impregnada da misericórdia de Deus e de quem conhece a fragilidade humana e procura superá-la com o perdão – vai e não tornes a pecar.
Nestas e em tantas outras situações, como os fabulosos «Estados Gerais da Saúde» reunidos, anualmente em Fátima, o Padre Vítor é sempre o mesmo – é um Sacerdote, Vigário do amor de Cristo. Por isso é alegre, com a alegria própria dos cristãos fortes na Fé, pacientes nas provações, felizes na Esperança. Porque ele sabe, como poucos, que este tempo de vida na Terra, com os irmãos, é o tempo de preparação para que se cumpra em cada um a Promessa escatológica da Salvação feita a Israel e alargada por Cristo a todas as nações.
Obrigado, Padre Vítor, por tudo o que me ensinou e pelo muito que me ensina.
Professor Doutor Daniel Serrão,
In «O caminho faz-se caminhando», 2005,
testemunhos na homenagem aos 50 anos de exercício sacerdotal de Monsenhor Vítor Feytor Pinto
FOTO: Capa do Livro
PS: É um testemunho lindíssimo a reunir duas pessoas amigas e de quem sou amigo, que muito admiro. O meu testemunho é um agradecimento a ambos por tais privilégios (Henrique Pinto)
testemunhos na homenagem aos 50 anos de exercício sacerdotal de Monsenhor Vítor Feytor Pinto
FOTO: Capa do Livro
PS: É um testemunho lindíssimo a reunir duas pessoas amigas e de quem sou amigo, que muito admiro. O meu testemunho é um agradecimento a ambos por tais privilégios (Henrique Pinto)
Sem comentários:
Enviar um comentário