As noções preconcebidas são tão poderosas! Não raro, a mente bloqueia a incongruência e sobrepõe-se aos olhos. O que é frequentemente mais danoso para a credibilidade daquilo que temos por verdade do que a ignorância por si mesma. Rotary International e seus ilustres parceiros no mundo estão à beira de conseguir uma das maiores conquistas de sempre para o bem-estar da humanidade. Entendo pertinente prestar o meu modesto tributo a esse esforço e aos seus artífices, servindo-me como principal fonte informativa, entre outras, do importante documento Um Século de Serviço, A história de Rotary International.
Na primavera de 1972 Charles Rowlands, então governador do distrito rotário 730, da Pensilvânia, e o seu sucessor Niles Norman, assistiram a uma sessão do Rotary Club de Oakland na secção de Pittsburgh, nos Estados Unidos. As palestras sobre serviços profissionais são de longa tradição em Rotary. Nesse âmbito e nesse dia era a vez do presidente eleito do clube em vésperas de assumir o lugar, o Dr. Robert Andrew Hingson, contar a história da sua carreira.
Hingson tinha inventado aquilo a que chamou uma «arma de paz» e explicou ao clube como é que podia ser usada com doses múltiplas de vacina injectável para depois imunizar um largo número de pessoas infinitamente mais depressa do que com o método da seringa tradicional. A OMS tinha usado esta arma com sucesso na imunização de massas contra a varíola. O Dr. Jonas Salk, nascido há 96 anos em Nova Iorque, contando 41 anos à altura, e a sua equipa de investigadores, deram ao mundo a primeira vacina contra a polio libertando milhões de famílias da asfixia do medo nos dias que se sucedem infindos. A vacina de Salk para a polio então prevalente era injectável. A ideia da imunização de massas contra a poliomielite começava de facto aqui.
A história dos grandes desafios sempre fascinou o homem. As pirâmides do Egipto ou a Grande Muralha da China como as centenas de estátuas gigantes da Ilha de Páscoa na Polinésia impressionam ainda hoje sábios e incréus só pelo facto de ter sido possível erguê-las. A Obra marítima do Infante D. Henrique, os feitos de Vasco da Gama, de Fernão de Magalhães ou Cristóvão Colombo, tocam-nos pelo arrojo face aos recursos da época. Mas já Gavin Menzies, polémico obviamente, nos suscita mais admiração com o livro 1421, O Ano em que a China Descobriu o Mundo, ao evocar a longa navegação da armada de Zheng He por todos os continentes um quarto de século antes dos feitos da marinhagem ibérica. Encontro neste espírito empreendedor e em tamanho arrojo no desconhecido, mais do que ao do viajar no espaço, muitas semelhanças com o que viria a ser o envolvimento na Saga da polio.
Henrique Pinto
Setembro 09, no Dia Mundial da Polio
FOTOS: O Dr Jonas Salk, com a sua equipa, produziu a primeira vacina contra a polio, então injectável (aqui imunizando uma criança); a proeza da Saga da Polio não é de somenos face às descobertas dos portugueses e de Critóvão Colombo (na foto), nem mesmo em relação às das armada de Zheng He, descritas por Gavin Menzies no livro 1421 (capa na foto)
Na primavera de 1972 Charles Rowlands, então governador do distrito rotário 730, da Pensilvânia, e o seu sucessor Niles Norman, assistiram a uma sessão do Rotary Club de Oakland na secção de Pittsburgh, nos Estados Unidos. As palestras sobre serviços profissionais são de longa tradição em Rotary. Nesse âmbito e nesse dia era a vez do presidente eleito do clube em vésperas de assumir o lugar, o Dr. Robert Andrew Hingson, contar a história da sua carreira.
Hingson tinha inventado aquilo a que chamou uma «arma de paz» e explicou ao clube como é que podia ser usada com doses múltiplas de vacina injectável para depois imunizar um largo número de pessoas infinitamente mais depressa do que com o método da seringa tradicional. A OMS tinha usado esta arma com sucesso na imunização de massas contra a varíola. O Dr. Jonas Salk, nascido há 96 anos em Nova Iorque, contando 41 anos à altura, e a sua equipa de investigadores, deram ao mundo a primeira vacina contra a polio libertando milhões de famílias da asfixia do medo nos dias que se sucedem infindos. A vacina de Salk para a polio então prevalente era injectável. A ideia da imunização de massas contra a poliomielite começava de facto aqui.
A história dos grandes desafios sempre fascinou o homem. As pirâmides do Egipto ou a Grande Muralha da China como as centenas de estátuas gigantes da Ilha de Páscoa na Polinésia impressionam ainda hoje sábios e incréus só pelo facto de ter sido possível erguê-las. A Obra marítima do Infante D. Henrique, os feitos de Vasco da Gama, de Fernão de Magalhães ou Cristóvão Colombo, tocam-nos pelo arrojo face aos recursos da época. Mas já Gavin Menzies, polémico obviamente, nos suscita mais admiração com o livro 1421, O Ano em que a China Descobriu o Mundo, ao evocar a longa navegação da armada de Zheng He por todos os continentes um quarto de século antes dos feitos da marinhagem ibérica. Encontro neste espírito empreendedor e em tamanho arrojo no desconhecido, mais do que ao do viajar no espaço, muitas semelhanças com o que viria a ser o envolvimento na Saga da polio.
Henrique Pinto
Setembro 09, no Dia Mundial da Polio
FOTOS: O Dr Jonas Salk, com a sua equipa, produziu a primeira vacina contra a polio, então injectável (aqui imunizando uma criança); a proeza da Saga da Polio não é de somenos face às descobertas dos portugueses e de Critóvão Colombo (na foto), nem mesmo em relação às das armada de Zheng He, descritas por Gavin Menzies no livro 1421 (capa na foto)
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