quarta-feira, 12 de março de 2014

A COR DAS CORES

A procura sistemática da verdade mesmo se imperfeita e o libelo sobre a imperfeição de causas expressas sem aspirar a derradeira perfeição (e isto é tudo menos o que norteia os nossos destinos coletivos, bem mais térreo), são caminho menos árduo que o percorrido por Van Gogh, com os seus meios exíguos, na procura da melhor cor, o graal da cor.

De certo modo Renoir, Degas, Gauguin e tantos outros até Nadir Afonso, Sousa Cardozo, Skapinakis ou Paula Rego fizeram o mesmo mesmo se com menos intensidade.
Veneramo-lo hoje pelo exultante resultado da sua obsessão artística, prodigiosa, sem deixarmos de tolerar a arrogância e a inverdade dos que se creem ungidos para nos guiar, a banalidade.
Março 2014
Henrique Pinto

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