quinta-feira, 17 de julho de 2014

CHRISTINE LAGARDE DISSE OU NÃO DISSE?

A França foi dos primeiros países europeus onde, no último terço do século passado, se começaram a notar os sinais bem estilizados do envelhecimento populacional, expressos na pirâmide etária. Tais indícios, muito preocupantes, davam conta, mesmo assim, duma caminhada no sentido do bem estar. Havia já menos nascimentos, é certo, mas o país desfrutava de melhor qualidade de vida. Este quadro rapidamente tomou conta dos países nórdicos.
Nos últimos dias assistimos ao reverso desta situação. A França tem hoje uma das populações mais jovens da Europa. Se as políticas de natalidade resultaram ou não é cedo e complexo por ora para o dizer. Se a qualidade de vida piorou ou não também não é nenhum segredo. Piorou sim senhor mas não a ponto de justificar a inversão. Não houve maior mortalidade sénior proporcional. Se a vaga imigratória dos últimos vinte anos, conservadora nos seus princípios quando não religiosamente fanática, deixa antever um estilo de vida mais dado às famílias grandes, talvez também não explique tudo.
Todavia, não deixa de ser claro, o rejuvenescimento ou envelhecimento das populações, para além de fenómeno social relevante, é também questão eminentemente de política.
A diretora do FMI, Christine Lagarde não ignora, seguramente, esta área do conhecimento. A sua responsabilidade política a este respeito é enormíssima. O meu colega que tem este pelouro no FMI, companheiro do então Liceu Nacional de Oeiras, é por demais sabedor em tal matéria. Mas daí à forma como ela se expressa, vai uma grande distância. Imagine-se o que terá dito recentemente, segundo o meu companheiro de Escola Salesiana do Estoril, Jaime Antunes, «os idosos vivem demasiado e isso é um risco para a economia global! Há que tomar medidas urgentes!». Se a não soubéssemos uma mulher moderna, mesmo se conservadora na política, até poderíamos crer, pelas palavras que lhe são atribuídas, estar a defender a solução final. Puxa… 
Julho 2014
Henrique Pinto 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

HÁ MALANDROS PIORES QUE O INFORTÚNIO

Como muitos milhões de pessoas vi ontem a final da copa do mundo. Emocionante como sempre. Aqueles homens levaram o esforço físico ao limite, muitos deles já não sentiriam o corpo aquando do infortúnio de Sérgio Romero, guarda redes, que pôs fim ao suplício, mais próprio dos deuses que de mortais. Javier Mascherano disse depois do match jamais poder esquecer a data enquanto viver. Há de fato dias singulares, irrepetíveis, belos, uns, dramáticos outros, na vida de algumas pessoas. Ganhe-se ou perca-se não haverá segunda oportunidade. Sei-o por experiência própria e num evento igualmente mundial. Ontem ninguém se pôde queixar a não ser de si próprio. Ou talvez Robben, porquanto, ele sim, foi o melhor de todos os protagonistas. Messi nem esteve lá por perto. Foi consolação, tudo bem! Mas quando há árbitros, presidentes, partidos ou júris, às vezes com membros nacionais, pares mesmo, que tudo fazem para transformar as suas ordens, os seus votos no seu interesse próprio, calculista, e no pesadelo de quem se esforça, então dificilmente se deixa de dar razão a Javier. Porque há malandros mais nocivos que o infortúnio.
Henrique Pinto
Julho 14

BY 2018…

The fight to end polio will receive an additional US$43.6 million boost from Rotary in support of polio immunization activities, surveillance and research to be carried out by the Global Polio Eradication Initiative, which aims to end the disease worldwide by 2018.
The funding commitment comes on the heels of a World Health Organization declaration calling the international spread of polio a «public health emergency of international concern». The eradication initiative focuses on stopping polio in the three countries where the virus remains endemic: Afghanistan, Nigeria, and Pakistan. Stopping polio in those countries is crucial in order to halt the recent spate of outbreaks in countries where the disease had previously been beaten – such as strife-torn Syria -- and where mass immunizations of children via the oral polio vaccine must continue until global eradication is achieved. The WHO declaration further recommends that polio-affected countries ensure that incoming and outgoing travelers are immunized against polio.
The Rotary grants include $5.7 million for Afghanistan, $6.5 million for Nigeria and $5.6 million for Pakistan. Grant amounts are based on requests from eradication initiative partners UNICEF and the World Health Organization, which work with the governments of polio-affected countries to plan and carry out immunization activities.
UNICEF will use a grant of $3.6 million to bolster activities in Iraq, previously polio-free since 2000, but now one of several countries in the Middle East affected by an outbreak of polio from virus of Pakistani origin. The so-called “imported” cases are linked to the strain of endemic poliovirus, underscoring the need to stop the virus in the endemic countries. Another grant of $146,000 will support polio surveillance activities throughout the Middle East region.
The other countries where Rotary funds will be used to fight polio are Chad, $4.2 million; Democratic Republic of Congo, $4.1 million; Ethiopia, $4.8 million, and India, $2.6 million. .In addition, grants totaling $4.7 million will support polio surveillance and technical assistance in 47 African countries. A $470,000 grant will fund surveillance throughout South East Asia, and $1.65 million will fund WHO polio vaccine research. 
Carol Pandack
July 13



domingo, 13 de julho de 2014

ROUTE OF DEATH

In whatever way you choose to look at this issue, it is a shame it is happening. It is hard to look the other way when we see a human tragedy evolving involving children.
Someday our children will see movies similar to those we see today relating to the suffering received by refugees before and during WW II showing how these children and families risked their lives to leave their homes in different Central American countries to cross over a dangerous Mexico riding and clinging on the top or sides of Freight Cars for 3 or 4 days on what is called the route of death just to get to the USA border. 
 Many or most have paid all the life savings of their families in their homeland in Central American Countries and also in Mexico where their families were able to borrow at outrageous interest rates to deal with traffickers who give false hopes who many times take the money and abandon them. Of course it is a shame that the governments of the countries involved can not give the necessary opportunities to so many in need that are the root cause. It is only reasonable and understanding why so many well-meaning in the USA feel it should not be their problem to deal with problems caused by the mismanagement of the governments of other countries. It is tough to be The Many Times Unappreciated Big Brother of The World.
Do read below letter from Rotarian Elaine to get a better picture besides what we are seeing of an ever growing problem on International T.V.
Your concerned amigo in Mexico City,
Frank J. Devlyn



domingo, 6 de julho de 2014

VIVER MELHOR COM MELHOR ASPETO

A boa alimentação está na ordem do dia. Tanto numa perspetiva de aumentar a esperança de vida – a inter-relação da obesidade com a hipertensão, doenças cardiovasculares e outras, a chamada síndroma metabólica -, como pelo bem estar estético e psíquico (às vezes o mesmo elemento de ligação). Num destes dias num jantar festivo um colega meu
hospitalar, de medicina interna, dizia-me, «mas isso não tem qualquer interesse para o diagnóstico». «Talvez assim seja, num olhar para o indivíduo que esquece o mundo», respondi. «Mas como médico especialista de saúde pública e de nutrição clínica, interessam-me tanto os indivíduos em si como o seu conjunto, uma sociedade a viver melhor». E tanto mais 
sabendo que nada é tão estruturante na vida como o amor e a alimentação.
Também a autoestima não é uma caraterística absolutamente individual. As pessoas podem sentir-se felizes por terem um corpo térreo agradável e em festa. Como quanto ao sucedido neste fim de semana em Cascais com o Air Race Championship. A autoestima individual pela detenção dum corpo bonito também é um fenómeno estimulador da esperança de vida. Mas tal não pode estar dependente da charlatanice nacional que nos torna escravos duma miríade de supostos medicamentos «naturais», vendidos à escala
multinacional - como se tal fosse o BI de coisa saudável, o que não é. Nem as dietas rápidas, com grande perda de peso – pelo menos na publicidade dalgumas empresas de saúde/comerciais, onde até se mente quanto a «primeiras consultas grátis» -, são minimamente aconselháveis. Mais do que o peso (perder massa gorda e ganhar massa muscular pode emagrecer mantendo o peso em valores próximos dos do início do tratamento), importa ver se a roupa nos fica mais larga. É o melhor indicador. E, pormenor a não negligenciar, o que depressa se perde mais depressa se ganha.
Por isso mesmo me surpreendem as dietas da ridente apresentadora Cristina Ferreira. Se atentarmos no seu programa matinal de televisão com o meu amigo Luís Goucha (desculpe-me lá meu caro!), como quase todos os programas de entretenimento de massas das nossas TVs generalistas, lá veremos a charlatanice das pílulas e chás para todos os males alimentares. É uma charlatanice como espetáculo.
Uma aldrabice como a de alguns colegas meus, os tais dos coktails de diuréticos, ansiolíticos e tutti quanti, a fazerem fortuna quais Tallons do passado, à custa deste desejo hodierno e legítimo de viver melhor com melhor aspeto.
Henrique Pinto
Julho 2014