segunda-feira, 14 de julho de 2014

HÁ MALANDROS PIORES QUE O INFORTÚNIO

Como muitos milhões de pessoas vi ontem a final da copa do mundo. Emocionante como sempre. Aqueles homens levaram o esforço físico ao limite, muitos deles já não sentiriam o corpo aquando do infortúnio de Sérgio Romero, guarda redes, que pôs fim ao suplício, mais próprio dos deuses que de mortais. Javier Mascherano disse depois do match jamais poder esquecer a data enquanto viver. Há de fato dias singulares, irrepetíveis, belos, uns, dramáticos outros, na vida de algumas pessoas. Ganhe-se ou perca-se não haverá segunda oportunidade. Sei-o por experiência própria e num evento igualmente mundial. Ontem ninguém se pôde queixar a não ser de si próprio. Ou talvez Robben, porquanto, ele sim, foi o melhor de todos os protagonistas. Messi nem esteve lá por perto. Foi consolação, tudo bem! Mas quando há árbitros, presidentes, partidos ou júris, às vezes com membros nacionais, pares mesmo, que tudo fazem para transformar as suas ordens, os seus votos no seu interesse próprio, calculista, e no pesadelo de quem se esforça, então dificilmente se deixa de dar razão a Javier. Porque há malandros mais nocivos que o infortúnio.
Henrique Pinto
Julho 14

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