quarta-feira, 5 de setembro de 2012

NOVAS REGRAS NO ORFEÃO DE LEIRIA PARA UM FUTURO DE MAIOR EMPENHO E AMPLO SUCESSO

Culminando um ano de grande e doloroso empenho a todos os níveis a nova temporada do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes começa com uma esperança enormíssima, muitas novidades, alterações substantivas em nomes e funcionamento, e a esperança renovada.

Fruto dum esforço muito intenso da direcção em funções – e apesar das opções nalguns sectores do governo se terem mostrado danosas para a nossa administração financeira, sobretudo na educação –, é possível em todo este Setembro não haver qualquer passivo, termos ordenados em dia e até metade, tanto do 13º como do 14º meses de 2012, já pagos adiantadamente. O que poucas empresas lograrão fazer.
Este facto merece o aplauso para todos os trabalhadores docentes e não docentes, para as direcções pedagógicas, e para o sector privado da economia. Tendo o OLCA o Estado por maior devedor, tornando irregular a data de pagamentos salariais, o empenho elevadíssimo de todos – a que se junta a frequência acrescida das aulas por parte dos alunos e a compreensão das famílias -, é possível retomarmos agora a rota com um sorriso de alívio, de recompensa espiritual e de grande optimismo quanto ao futuro. As mudanças de verão foram escaldantes.
Apesar da panóplia de cortes na contratualização com o Estado – não se trata de subsídios mas sim de contratos (contratos deviam ser para cumprir) – o Orfeão realizou mais de 320 eventos em 2011-12 (eventos não se circunscrevem a um menino e outro que tocam flauta 15 segundos!) e pôs de pé, reduzida é certo, a 30ª edição de Música em Leiria (belíssima), o V Festival Internacional de Guitarra e o IX Estágio Internacional de Orquestra, graças à compreensão, em particular, do sector privado da economia, e de todos os nossos mecenas.
Com nova direcção pedagógica na EMOL – professores Sónia Leitão e Joaquim Branco -, com a criação dum secretariado de apoio à direcção liderado por Lucinda Ferreira e integrando ainda Gracinda Moniz e Daniela Silva, estrutura que substitui a antiga coordenação técnica e administrativa, uma nova composição administrativa e apoio técnico (as novas avenças), suportadas numa reorganização das funções e num novo Estatuto para o Coro do Orfeão de Leiria – uma e outra decisões fruto de aprovação na Reunião de Direcção de 4/9/2012 –, e ainda um outro maestro a dirigir o Coro de Câmara, Joaquim Branco, parte-se para mais uma fase da vida institucional.
Na próxima semana o maestro João Baptista Branco começará a audição a todos os coralistas inscritos – renovação, admissão ou eventuais readmissões -, como é regra em todos os corais e orquestras do mundo num escalão de qualidade mais elevado. Os orfeonistas admitidos para integrarem o Coro na nova época, deverão contribuir com uma comparticipação financeira para obviar a uma pequena parte dos custos do Grupo (o que até agora foi conseguido com esforço a partir doutros sectores da casa). Terão, em compensação, um desafio aliciante. É objectivo institucional lograr no presente ano a participação num rol imenso de eventos, mais criativos por ser superior a interacção com as restantes vertentes da instituição, agora que, felizmente, a rede de teatros nacional vai ter de contar sobremaneira com o que de bom existe no país (por não poder viver à sombra do QREN).
Em reforço deste esforço há uma nova Coordenadora a organizar actividades lúdicas inteiramente novas no OLCA, destinadas a todos os cidadãos interessados, em qualquer idade, o JAZZ assumirá contornos ainda mais amplos, e o Conservatório Sénior promoverá com estrondo o seu segundo Seminário Científico.
Dia 12 de Setembro pelas 21 horas haverá uma Assembleia Geral extraordinária do OLCA. O objectivo, decorrente da legislação compulsória que entretanto foi saindo e da decisão do próprio Conselho de Ministros, é adequar os Estatutos da INSTITUIÇÃO a estas exigências, para que o OLCA continue a usufruir plenamente do Estatuto de Utilidade Pública, sobremaneira importante, nomeadamente em termos de fiscalidade.
Mas, de facto, encolher o tamanho das organizações, por força das circunstâncias, sem lhes minimizar os objectivos, é mais difícil que fazê-las crescer.
5 de Setembro de 2012
Henrique Pinto
O Presidente
 

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