sexta-feira, 13 de março de 2015

GASES SÃO PROBLEMA RUÍM, DOUTOR!

Até a dieta ideal pode colidir com o funcionamento de intestinos e estômago, gerando-se flatulência. Tem efeito pernicioso no indivíduo. É sobretudo a vida social a mais beliscada.
Artimanhas de culinária ou recurso a alternativas de qualidade e idêntico valor calórico, solucionam o entrave.
Advém do acumular excessivo de gazes no intestino e/ou estômago provocando o «inchaço» da barriga. É um processo normal. Afeta as pessoas de modo diverso.
Pode também ser secundária a patologia como obstipação crónica, intolerâncias (lactose, doença celíaca), Doença de Crohn ou úlceras.
Comer depressa e sob stress, com intranquilidade (vendo televisão, por exemplo), mastigando mal, falando muito, pode suscitar flatulência.
O fascínio da Nutrição Clínica reside no fabuloso avanço hodierno da bioquímica. As reações químicas pós ingestão de certos alimentos são a causa mor da flatulência.
Os legumes (feijão, grão, ervilhas e soja, entre outros) estão na base da generalidade dos casos. Como sucede com os brócolos, couves em geral e cebola. São de evitar, por flatulentos, os queijos muito curados e os gordos, edulcorantes, açúcar e doces confecionados com tal produto, batata e bebidas gasosas (refrigerantes com gás, cerveja, etc.).
Todavia não nos podemos dar ao luxo de pôr de parte alimentos importantes para a saúde do indivíduo, bons demais para não se aproveitarem, como legumes, queijo ou ovo, entre outros.
Há processos e modos de confeção (leguminosas e todos os tipos de couve), de alternância dalguns alimentos (couves e brócolos), de escolha (tipo de queijo), entre outros, que minimizam os danos flatulentos.
Aos legumes e vegetais referidos bastará deixá-los de molho em água por uma noite antes da sua confeção (para esta, substituir a água). Nos vegetais, como brócolos e couves, o mercado cobre um espetro amplo de produtos, permite alternar uns com os outros ou reduzir a quantidade de cada um na mistura ideal (100 gramas por refeição num adulto). Podem adicionar-se-lhes na cozedura ervas ou especiarias para a redução dos açúcares indigeríveis (alecrim, salva, tomilho e funcho).

Ingerir líquidos durante as refeições atrasa o processo digestivo. No caso do álcool (generalizado erradamente como «digestivo»), bebê-lo na comida é um hábito ainda pior. Deve beber-se no intervalo entre refeições mas água ou chá. O de sementes de linhaça triturada, referia-o o meu saudoso professor Lobato Guimarães na Farmacologia Médica, é um dos indicados, diariamente, pela ação anti flatulência e contra o inchaço abdominal. Pode comer-se um ovo, em dias alternados, por exemplo. É fácil ter à mão o queijo fresco. Iogurtes com Bífidos ou Lactobacilos acidófilos têm uma ação probiótica importante na prevenção da flatulência. A dieta e o exercício físico (caminhar estimula movimentos intestinais), são as chaves do reduzir a produção de gazes. É impossível eliminá-la por completo.
Henrique Pinto, Professor Doutor

Consulta de Nutrição Clínica

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