quarta-feira, 1 de abril de 2015

«THE GO BETWEENS» NA CIDADE

«O Século do Bem Estar», livro que publiquei no ano 2000 com prefácio do Professor José Guilherme Sampaio Faria, foi apresentado pela minha ministra e amiga, Dra. Maria de Belém Roseira.
No essencial, o livrinho apoiado e distribuído pelo ministério da saúde, incluía uma investigação sobre o bem estar. Nos momentos do parto o século XXI auspiciava uma era de ilimitada qualidade de vida, mesmo para boa parte da Humanidade sofredora.
A deriva do liberalismo económico, tanto nos países herdados do comunismo como nos da social democracia, constituirá um intermezzo de duração imprevisível. Neste ínterim os investimentos no bem estar público serão mais lentos.
Todavia, mandemos às malvas os «putos» do ISCSP e licenciaturas primas com as frases imberbes do género «viver acima das possibilidades». Em contraciclo as pessoas e as autoridades que lhe estão mais próximas, cansadas da miséria intelectual, vão construindo alternativas de vida melhor, mais sã, com exercício físico, divertimento, vida.
As corridas e caminhadas multiplicam-se. Os percursos para passeio apeado ou de BTT ganham ascendente sobre outros melhoramentos. O construído pelo POLIS à beira do rio Lis, em Leiria, a começar no ISLA e prosseguindo até à freguesia da Barosa, é por demais atraente. O rio, a Senhora da Encarnação, o novo «look» da 
Igreja de São Francisco, o marachão, os açudes, pontes e comportas, o Bar Restaurante Pé do Rio, o Castelo, namorados beijando-se em frenesim, as torres de escalada, as rampas para skaters, espécie de go betweenes de Gonçalo Velho, os campos verdes e arvoredos, o circo, formam um todo muito sugestivo, agradável. 
Este percurso, com mobiliário urbano de bom estilo, infelizmente maltratado pelo narcisismo dos supostos artífices dos graffiti, não é apenas mais uma estrutura para o bem estar, é um ingrediente de novos estilos de vida.
Henrique Pinto

Abril 2015 

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