Gozar por mais tempo uma vida saudável e criativa «Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que as minhas janelas sejam fechadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro da minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra». Esta convicção de multiculturalismo de
Ghandi emocionou-o até às lágrimas em Mumbai. Define, hoje como ontem, uma medida à escala do homem para enfrentar os novos tempos.
No Relatório da UNESCO de 2004
Sakiko Fukunda-Parr é claro quando esclarece,
«o desenvolvimento humano tem a ver com a possibilidade das pessoas viverem o tipo de vida que escolheram», providas dos instrumentos e das oportunidades para fazerem as suas escolhas. É uma questão, tanto de política, como de economia – desde a protecção dos direitos humanos até ao aprofundamento da democracia.
Em termos mais genéricos o
Programa de Desenvolvimento da ONU, de 2007, sintetiza os princípios elementares do desenvolvimento no alargar das escolhas por parte das pessoas. Em princípio estas escolhas podem ser infinitas e mudarem com o tempo. Frequentemente mesmo, as pessoas valorizam ganhos que não se traduzem de todo, ou não imediatamente, em rendimentos ou cifras de crescimento: maior acesso ao conhecimento; melhores serviços de nutrição e saúde; vivências mais seguras; segurança contra o crime e a violência física; horas de lazer satisfatório; liberdade política e cultural e sentido de participação nas actividades da comunidade.
O objectivo do desenvolvimento, nas palavras do relator Mahbub ul Haq,
é criar um ambiente favorável para pessoas poderem gozar por mais tempo vidas saudáveis e criativas.
(Continua abaixo em 4)Henrique PintoIntrodução à 24ª Conferência de Rotary International, Viseu, Portugal 2007FOTOS: Rotary International e o seu processo de Literacia no mundo, em marcha; Tony Serrano, Álvaro Gomes e Irving J. Sonny Brown, Portugal, 2007
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