sábado, 12 de setembro de 2009

A PENSAR NO 11 DE SETEMBRO





Depois do armistício em 1945 muitas vezes se disse nada justificar qualquer guerra. Alguns teóricos classificam esta posição de «pacifista», quantas vezes com ostensivo desdém. Todavia, temo-las já no século XXI. Muitos dos textos religiosos antigos falam de guerra. A história de algumas religiões é atravessada pela intolerância e pela morte. Mas nenhuma posição religiosa moderada dos tempos modernos sanciona a guerra ou a violência.
O crime de 11 de Setembro 2001 ensombrou o mundo. Parece pouco se ter aprendido com esta história de ódio assaz repulsiva e com a mágoa de quantos sofreram com as perdas de vidas e o medo. As retaliações em nada melhoraram o mundo. De Bagdad a Beirute, de Islamabad a Gaza, de Freetown a Mogadíscio, de Cartum a Tbilisi, continuaram a morrer vítimas inocentes e perpetradores do ódio, em nome de Deus, da usura, da paz, da cobiça, do poder, da raiva e da segurança.
Desde então tenho proferido mil conferências em nome da paz e contra a guerra. Pouco interessa citar países ou povos quando o faço em nome de Rotary International, a organização a que me orgulho de pertencer. Tenho companheiros e amigos em quase todos os países do mundo. Faço-o, porém, citando personalidades, mas sempre que não tenha de invocar RI, paladino da paz e da cooperação entre as pessoas e as nações. Lembro-me de me chamarem de ingénuo, mesmo alguns companheiros supostamente responsáveis. Pouco importa. Se excluirmos os funerais de Lady Di e de Madre Teresa de Calcutá, dois ícones da paz, todas as maiores manifestações de gente à escala planetária nos últimos 65 anos fizeram-se contra a guerra ou brindando à paz. Há-de chegar o tempo do termo «maiorias absolutas», como estas e outras também pacíficas, significar exactamente tolerância e cooperação, ideias prevalentes com o respeito devido a quem tem outras. O processo da literacia é a melhor ferramenta para o conseguir.

Hpinto

11 de Setembro de 2009

FOTOS: Lady Di; Madre Teresa de Calcutá; Estátua da Lberdade e «Ground Zero» (fotos Hpinto)

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