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Depois do armistício em 1945 muitas vezes se disse nada justificar qualquer guerra. Alguns teóricos classificam esta posição de «pacifista», quantas vezes com ostensivo desdém. Todavia, temo-las já no século XXI. Muitos dos textos religiosos antigos falam de guerra. A história de algumas religiões é atravessada pela intolerância e pela morte. Mas nenhuma posição religiosa moderada dos tempos modernos sanciona a guerra ou a violência.
O crime de 11 de Setembro 2001 ensombrou o mundo. Parece pouco se ter aprendido com esta história de ódio assaz repulsiva e com a mágoa de quantos sofreram com as perdas de vidas e o medo. As retaliações em nada melhoraram o mundo. De Bagdad a Beirute, de Islamabad a Gaza, de Freetown a Mogadíscio, de Cartum a Tbilisi, continuaram a morrer vítimas inocentes e perpetradores do ódio, em nome de Deus, da usura, da paz, da cobiça, do poder, da raiva e da segurança.
Desde então tenho proferido mil conferências em nome da paz e contra a guerra. Pouco interessa citar países ou povos quando o faço em nome de Rotary International, a organização a que me orgulho de pertencer. Tenho companheiros e amigos em quase todos os países do mundo. Faço-o, porém, citando personalidades, mas sempre que não tenha de invocar RI, paladino da paz e da cooperação entre as pessoas e as nações. Lembro-me de me chamarem de ingénuo, mesmo alguns companheiros supostamente responsáveis. Pouco importa. Se excluirmos os funerais de Lady Di e de Madre Teresa de Calcutá, dois ícones da paz, todas as maiores manifestações de gente à escala planetária nos últimos 65 anos fizeram-se contra a guerra ou brindando à paz. Há-de chegar o tempo do termo «maiorias absolutas», como estas e outras também pacíficas, significar exactamente tolerância e cooperação, ideias prevalentes com o respeito devido a quem tem outras. O processo da literacia é a melhor ferramenta para o conseguir.
Hpinto
11 de Setembro de 2009
FOTOS: Lady Di; Madre Teresa de Calcutá; Estátua da Lberdade e «Ground Zero» (fotos Hpinto)
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