segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

INFARMED, ASAE, MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DA AGRICULTURA, UM BOM COMEÇO?

Costumo desconfiar de muito sol em dias de chuva. Mas nesta semana ASAE e INFARMED deram conjuntamente um passo muito importante. Vejamos…
Quando desde há anos se dá a maior ênfase à Medicina Baseada em Provas em Portugal há mais produtos farmacológicos à venda sem qualquer teste de validade científica do que produtos medicamente comprovados quanto aos seus efeitos na saúde.
Se até as universidades chinesas puseram agora em questão boa parte das receitas da «milagreira» sabedoria oriental, nós temos este caos ingovernável, que tem um efeito negativo tão poderoso sobre a saúde como o tem para a economia a Evasão ao pagamento de impostos. A diferença está em que, aqui, quase tudo se passa legalmente. E, em muitas situações, sob a égide «o que é natural é bom». Nada parece menos autêntico.
Isto nada tem a ver com serem produtos comparticipado pelo ou não pelo Estado. Tem a ver com a generalidade dos produtos vendidos por multinacionais como Celeiro, pela totalidade das Ervanárias e com a grande maioria dos vendidos hoje em Farmácias (cosmética, emagrecimento, vigor sexual, etc.).
Quando muito, alguns são autorizados (administrativamente, mais nada…) pelo Ministério da Agricultura.
Pois bem, o sucedido nos últimos dias com a fiscalização sanitária foi proibir no mercado 28 dos 100 produtos analisados, por conterem substâncias ativas nada condizentes com o exposto na rotulagem. Eram, sobretudo, «coisas» usadas para emagrecer e ter mais força na … líbido.
É pouco? É sim senhor. Mas admito poder ser um bom começo.
E, quem sabe, o consumidor possa aprender a ser mais responsável com o que adquire para seu benefício. Bem sabemos ser difícil, quando os programas da TV com maior audiência entre os cidadãos de menor literacia, ainda hoje assisti, propagandeiam longo tempo semelhante banha da cobra. Claro que é publicidade enganosa. Mas se os produtos não são ilegais…
Fevereiro 2015
Henrique Pinto



Sem comentários:

Enviar um comentário