sexta-feira, 21 de maio de 2010

A PEÇA DO TEATRO DA VIDA

O ator de cinema e teatro italiano Vittorio Gassman (1922-2000), dizia que tudo seria melhor se a vida fosse como uma peça de teatro.
Assim, poderíamos ensaiar os atos da vida real, antes de praticá-los. Somente depois de testados, experimentados, repetidos várias vezes, agiríamos para valer. Enquanto as coisas não dessem certo, seriam apenas ensaios.
Seria muito bom se assim fosse. Ninguém cometeria erros, e tudo andaria às mil maravilhas.
Na verdade a vida pode ser comparada a uma enorme produção teatral onde não são permitidos ensaios, onde tudo é improviso. Uma produção teatral com enorme complexidade. O roteiro trata de uma quantidade colossal de experiências, que vão das mais engraçadas e leves àquelas dramáticas ou que criam suspense. A produção é igualmente impressionante. Há os atores, o pessoal que trabalha nos bastidores, os críticos e até o público.
Mas, como a peça do teatro da vida é feita de improviso, eles nunca estão em sintonia. Os atores interferem nas tarefas do pessoal dos bastidores, os músicos dão palpites nos trabalhos dos iluminadores e assim por diante. Os participantes simplesmente não estão concentrados em seu papel e não se entendem.
E a peça do teatro da vida vai se desenrolando.
Se quisermos, entretanto, melhorá-la, torná-la harmoniosa e bela, três passos são necessários:
Como primeiro passo, concentre-se em descobrir qual é o seu papel. Pense no que está você fazendo, aqui e agora. Reflita como está você se sentindo nessa grande peça de teatro coletiva, que é a vida.
Redirecione sua energia e atenção para o desempenho desse papel. Reconhecido o seu papel, você poderá curti-lo com alegria e identificar com mais clarividência seus próprios objetivos.
O segundo passo é aprender as suas falas, isto é, estudar o seu papel, adquirir conhecimentos, aprender. Assim fazendo, você adquirirá a consciência de que é parte de um todo. Deixe que seus talentos naturais e suas capacidades adquiridas se manifestem e evoluam até a perfeição.
O terceiro passo é confiar e respeitar as escolhas dos outros. Sabendo-se que os demais participantes também fizeram seus cursos e adquiriram conhecimentos, você deve atuar em harmonia e sintonia com todos, pois eles também foram instruídos para desempenhar seus papéis de forma harmoniosa. Isso seria muito mais fácil se cada um parasse de se preocupar com o que os outros estão fazendo.
Ao dar esses três passos você entrará num estado de consciência em que o campo energético do coração estará completamente aberto. Você então pode estabelecer contato com a divindade interior, o mestre que há dentro de cada um. É um estado de consciência em que o personagem deixa de ser o “eu”, superando a separação e a limitação, procurando apenas servir ao coletivo, voltado para o que é melhor para o todo e não apenas para o indivíduo.
À medida que você entender como criar em seus pensamentos essa nova realidade, mesmo que você nem sempre consiga mudar as circunstâncias, sempre poderá mudar de atitude e, desse modo, criar novas experiências de vida.
Em resumo, são as seguintes as lições para uma vida harmoniosa:
• Discernimento – descobrir qual é o seu papel; saber qual é o próximo passo; descobrir qual é a dança que você quer dançar.
• Singularidade individual – aprender as suas falas; aprender os passos; desenvolver os seus talentos.
• Aceitação da diversidade do ser – confiar e respeitar as escolhas dos outros; aprender a dançar sem pisar nos pés dos outros; saber dividir o espaço, pois você pode querer dançar uma valsa e o outro pode querer dançar um samba.
Alberto Bittencourt
(Brasil)
Maio 2010
Com a colaboração de Cidinha
FOTOS: Cristo Redentor e Pão de Açucar, ícones da cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro; o saudoso actor italiano Vitório Gassman; Alberto Bittencourt, esposa Helena, Governadora Aldanira Barreto, Luís Sérgio e Teresa Alencar, na Sala dos Governadores do seu distrito; meus queridos amigos Aluísio de Freitas e Leida, «classmates» em Anaheim, USA; Luís Oliveira (vimo-nos há pouco, nadando no Amazonas), Henrique Pinto e Andreta (meu discipulo como «trainning Leader» no Brasil, visitei-o com o Amorim e a Eliane em Chapecó , a sua cidade do Estado de Santa Catarina, aqui colaborando como voluntários no Banco Alimentar de Orange County, USA; meus amigos Mário Antonino e Celma, saudades desde Belém; boiada do Pantanal, numa excursão até lá conheci o Bittencourt; Pão de Açucar, Rio de Janeiro, Brasil; André Guimarães, Edson Lima e Alberto Bittencourt; Caimão do Pantanal, Brasil.

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