quarta-feira, 1 de outubro de 2014

NESTE DIA DO IDOSO O APELO À DANÇA E AO EXERCÍCIO FÍSICO

Preocupa-me sobremaneira a subnutrição dos idosos e particularmente dos internados, tanto nos hospitais como em lares, e a sedentarização (e infantilização) dos que estão nestes últimos. Em muitos estabelecimentos, não fora quantas vezes o voluntariado, e os serviços de catering deixavam e logo levavam o pratinho sem que o idoso debilitado lhe chegasse a tocar.
Mas hoje, Dia do Idoso, enfatizarei apenas o combate ao seu natural sedentarismo a todos os níveis, independentemente do seu estado geral.
O exercício vigoroso, tanto aeróbico como contra a resistência ao peso, é essencial ao bem estar dos idosos.
Normalmente, a atividade física aeróbica está associada ao risco reduzido de Doença cardiovascular e mortalidade em geral.
Sabe-se hoje com segurança da inevitabilidade do desgaste dos músculos com a idade.
Portanto, as pessoas de idade devem, no limite das suas capacidades físicas e mentais, envolver-se em exercícios aeróbicos e de treino da força. Isto deveria estar na vanguarda de qualquer programa de saúde pública e políticas de apoio nutricional aos idosos.
Todos os lugares ou organizações onde as pessoas de idade se concentram ou encontram regularmente devem considerar a implementação de programas de exercício físico.
Quanto mais acessíveis e menos proibitivos estes programas forem, mais provável poderá ser a sua implementação.
Recordo-me de há quase 40 anos na América me escandalizar um tanto ao ver por todo o lado locais onde os idosos dançavam. Rapidamente arrepiei caminho. Na verdade, tenho como bom exemplo a popularidade atual de programas de dança. Trabalhadores da nutrição, de serviço social, de enfermagem e da saúde pública, devem constituir-se como vanguarda na promoção desta vertente dos cuidados de prevenção nos idosos.
Com a idade assiste-se à perda de massa muscular e ao declínio da força, mobilidade e agilidade. Défices que podem ser minimizados pelo exercício físico. E ao ar livre, sempre que for possível. Não nos esqueçamos na ação da luz solar na síntese da vitamina D e na ação desta ao potenciar a absorção do cálcio.
Obviamente, não se pode descurar a importância da toma de antioxidantes, vitaminas e minerais (peixe e vegetais têm-nos com fartura).Também os folatos e vitamina B12 (a função cognitiva muito depende da adequada suplementação desta), são importantes no prevenir da doença vascular, cardíaca ou periférica.
A alimentação dos idosos deve, por regra, ser rica em cereais e pão, vegetais verdes, amarelos e laranja, frutos e legumes, numa base diária, bem como em porções regulares de peixe, aves domésticas, carne ou ovos, para providenciar os nutrientes necessários de forma saudável. Deve ser dada atenção à suplementação em vitaminas D e B12, além de cálcio, para quantos possam estar em risco de défice a este nível.
Outubro 2014

Henrique Pinto

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