terça-feira, 15 de junho de 2010

SEMPRE EM FLOR

No 28º Festival Música em Leiria o Quinteto de Sopros actuou no dia 14 de Junho em Leiria e estará hoje em Pombal. Bem pode dizer-se que, como o evento, está Sempre em Flor.
Do Quinteto escreveu Pedro Ribeiro (HP):
O repertório francês para Quinteto de Sopros é muito vasto, sendo este concerto uma pequena demonstração da diversidade que comporta. Contudo, no percurso da simplicidade da obra de Jacques Ibert à complexidade do Quinteto de Jean Françaix encontramos um elemento comum: a riqueza tímbrica.
Le Tombeau de Couperin é uma suite para piano em que cada uma das peças é dedicada à memória de um amigo de M. Ravel morto na Primeira Grande Guerra. Serão apresentadas três das seis peças que
constituem a suite num arranjo de Mason Jones. As Dix-sept Variations de Jean-Michel Damase são construídas sobre uma melodia bastante simples. Esta simplicidade é levada a momentos de grande virtuosismo, alternando com o lirismo das variações mais lentas. É de notar a interessante combinação
de instrumentos que o compositor faz em algumas variações. Jacques Ibert conhecia muito bem as possibilidades dos instrumentos de sopro. Escreveu as Três Peças Breves obra num estilo vivo, com
um interessante diálogo entre a flauta e o clarinete no 2º Andamento. O Quinteto de Sopros nº 1 de Jean Françaix é uma das obras de maior virtuosidade escritas para esta formação. Toda a obra é de carácter brilhante, sendo que no 3º Andamento (Tema com Variações) o compositor explora as
possibilidades técnicas dos instrumentos, em passagens de grande dificuldade. Destaca-se também a enérgica marcha do 4º Andamento.
Vários compositores portugueses do séc. XX escreveram para esta formação. Fernando Lopes-Graça, Frederico de Freitas ou Joly Braga Santos são alguns dos que muito bem compreenderam as
características do quinteto de sopros. Esta obra de Joly Braga Santos surge neste programa pela necessidade de interpretar este repertório de qualidade assinalável. Escrito para o Quinteto Nacional de Sopros este quinteto é uma obra de inspiração popular. A primeira parte, Adagio, é de carácter
melancólico apresentando uma melodia lenta e ondulante. A segunda, Scherzino, é completamente contrastante, ligeira e com carácter de dança.
Pedro Ribeiro
Maio 2010
FOTOS:O Quiunteto de Sopros do Festival (foto Sérgio Claro); Joly Braga Santos; Esther Georgie (clarinete), Henrique Pinto (presidente do OLCA), Vera Dias (fagote), Pedro Ribeiro (oboé),  Cristina Ànchel (flauta) e Jonhathan Luxton (trompa), foto Sérgio Claro; Dr. Pedro Carvalho, em representação do Grupo Lena, patrocinador, recebendo de Henrique Pinto o troféu do Festival, a estatueta em bronze, alusiva à arte, da autoria de Abílio Febra (foto Sérgio Claro); o compositor francês Jean Françaix; Henrique Pinto e a amiga Esther Georgie, radicada em Portugal há mais de duas décadas (foto Sérgio Claro); o compositor francês Jacques Ibert; o escultor de Leiria, Abílio Febra; o uma outra perspectiva do Quinteto de Sopros no Teatro Miguel Franco, em Leiria (foto Sérgio Claro).

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