sábado, 5 de setembro de 2009

SAÚDE, TER OU NÃO TER


A intenção do presidente Obama de criar um serviço de saúde universal assenta exactamente em mais de 40% dos americanos não terem acesso à protecção na saúde. Os EUA têm dos melhores serviços de saúde do mundo em mais de mil sistemas diversos, ancorados em seguros privados. É uma injustiça sem medida no país ocidental com mais recursos financeiros. Medicare e medicaid não asseguram complementaridade, qualidade e universalidade.
Depreendo do que leio a ideia de não tocar em nada o universo de prestações dos subsistemas existentes. Então onde estarão as razões para os escolhos no caminho do presidente?
Apesar de assimetrias organizativas razoáveis não se pode dizer d o Estado português monopolizar o serviço nacional de saúde, que é universal, tanto mais que acima de 60% das despesas são pagas ao sector privado. As taxas moderadoras – com um leque amplo de isenções – têm por função limitar a procura quando excessiva. Não são um imposto. Então porquê o afã em alijar ou ignorar esta importante bandeira civilizacional em certo tipo de discursos? Há uns anos poderia compreender mas não aceitar, o investimento era fraco e a qualidade ressentia-se. Mas agora como entender?
Hpinto
Setembro 09

FOTO: Ana Jorge, ministra da saúde

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